quinta, 15 de maio de 2025
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Saúde

Unidade de saúde que ampliar horário de atendimento terá mais recursos

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O governo federal vai destinar mais recursos para unidades básicas de saúde (UBS) que estenderem o horário de atendimento ao público. Aquelas que ficarem mais tempo aberta terão benefícios no custeio das atividades, recebendo adicionais para pagar equipes e ganhando a possibilidade de empregar mais profissionais. O anúncio foi feito hoje (9) pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, na Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios.

O titular da pasta explicou que os horários de atendimento dificultam o acesso por parte do cidadão que trabalha em horário comercial. Na prática, muitos moradores acabam não conseguindo o atendimento, migrando para unidades de saúde de maior porte, como Unidades de Pronto Atendimento e pronto-socorro de hospitais.

“Hoje pessoas saem de casa às 5h30, 6h, o posto está fechado. Na hora do almoço, ele também fecha. Ele reabre às 13h até as 17h. A pessoa volta para casa e está fechado. Aí só tem pronto socorro e UPA. Desorganizam hospital e UPA e vira pressão que prejudica todo mundo”, argumentou a uma plateia de prefeitos.

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, participa do Seminário Internacional da Primeira Infância - O Melhor Investimento para Desenvolver uma Nação, no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), em Brasília.

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, anuncia mais recursos para unidades básicas de saúde que ampliarem o horário de atendimento ao público – Fabio Rodrigues Pozzebom/Arquivo Agência Brasil

Segundo o ministro, o programa é “modular”. Cada cidade poderá avaliar se quer estender o limite, estipulado hoje em 40 horas. As unidades que ficarem abertas durante 60 horas semanais passarão a receber R$ 44,2 mil, contra R$ 21,3 mil pagos hoje. Já no caso de atendimento durante 75 horas semanais com saúde bucal, o valor vai de R$ 49,7 mil para R$ 109,3 mil. Esse recurso prevê a ampliação de três para seis equipes de saúde da família.

Serão cobradas algumas contrapartidas. Entre elas, o cadastro dos moradores, o controle de hipertensos, o respeito à classificação de risco e a vacinação a qualquer hora. A expectativa da equipe do Ministério da Saúde é que cerca de 2 mil unidades possam aderir ao programa. Hoje, o país conta com mais de 42 mil unidades básicas de saúde. A iniciativa estará disponível em breve, mas o ministro não definiu uma data.

Reclamações

O presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), entidade promotora da marcha, Glademir Aroldi, classificou os programas federais como subfinanciados e reclamou da falta de garantia de correção anual das remunerações. O Programa de Saúde da Família, exemplificou, teria defasagem de 68%.

“Queremos que todos os programas fossem atualizados anualmente. O Ministério da Economia não permite indexação. A proposta é que a comissão tripartite possa determinar o reajustes para os programas da área de saúde”, defendeu.

O presidente da CNM destacou problemas como a falta de profissionais no Programa Mais Médicos. “Em alguns casos, os médicos que estavam na estratégia de Saúde da Família migraram para os Mais Médicos, criando problema para prefeitos na estrutura do Programa de Saúde da Família”.

Mandetta respondeu que a discussão de custeio é “pertinente”. Sobre os Mais Médicos, o ministro disse que o programa foi pensado, originalmente, a partir de um processo seletivo simplificado. Os profissionais cubanos, alocados antes, não saíam das cidades. Segundo o ministro, isso era bom para os prefeitos, pois a ausência de mobilidade garantia a permanência dos profissionais nos municípios. No entanto, o governo cubano encerrou a parceria e 8.500 médicos saíram do programa “da noite pro dia”, de acordo com o ministro.

Ele acredita que o número será reposto, em breve, por médicos brasileiros.

“Nós passamos de 13 mil para 35 mil vagas de vestibular [de medicina] por ano. Vamos estabilizar em cerca de 1,5 milhão de médicos. Não é possível que não tenhamos uma proposta do Estado para poder fixar esse povo nas cidades de difícil provimento. Este é o desafio: como atrair as pessoas, mas dar o direito de ir e vir”, respondeu Mandetta.

Ele informou que o governo pretende apresentar ao Congresso, ainda no primeiro semestre, um projeto de lei para alterar o Programa Mais Médicos, mas não adiantou detalhes.

UPAs e vacinação

Mandetta informou que a pasta discutiu com o Tribunal de Contas da União a adaptação de UPAs paralisadas e sem condições de fechamento para um outro tipo de estrutura de assistência à saúde. As prefeituras que desejarem fazer uso desse recurso terão até 30 de junho para fazer a solicitação junto ao ministério.

O ministro disse que amanhã será anunciada, em Porto Alegre, uma ampla campanha de vacinação de idosos, no que chamou de “Movimento Vacina Brasil”. Segundo o Ministério da Saúde, a iniciativa será mantida ao longo do ano, e não somente nos períodos de campanha de vacinação. Um dos objetivos será difundir informação para combater notícias falsas sobre os efeitos da vacinação.

Edição: Lílian Beraldo

Saúde

“O câncer é uma doença genética, mas nem sempre hereditária”, explica médico

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“Você sabe por que está aqui?” é uma das primeiras perguntas que o médico geneticista Marcial Francis Galera faz aos pacientes oncológicos que chegam ao seu consultório. Na maioria das vezes, a resposta reflete um senso comum: “Eu vim saber se meu câncer é genético”. Essa confusão acontece com frequência, pois muitos tentam entender se a doença é transmitida de geração em geração. Apesar de os termos “genético” e “hereditário” parecerem semelhantes, eles possuem diferenças importantes.

A genética refere-se a qualquer situação em que a causa é uma alteração no DNA — a molécula que contém as informações genéticas de um organismo — enquanto a hereditariedade está relacionada às características e condições herdadas, ou seja, transmitidas de geração em geração. “O câncer é uma doença genética, mas nem sempre hereditária”, reforça o especialista.

O médico explica que os tumores que se enquadram no contexto de hereditariedade correspondem de 5% a 10% dos casos. Segundo ele, os agentes cancerígenos são os principais responsáveis pela alta incidência de cânceres, como a exposição excessiva à luz solar, que pode levar ao tumor de pele, e o tabagismo, associado às principais formas de câncer de pulmão. “Com essa definição, conseguimos indicar a melhor estratégia para o tratamento. Enquanto no primeiro grupo é necessária uma vigilância maior e, talvez, sugerir medidas redutoras de riscos, como a retirada da mama no caso de câncer de mama, no segundo podemos utilizar medidas menos invasivas.”

Síndrome de Predisposição Hereditária ao Câncer – Para os cânceres de origem hereditária, a investigação começa com uma análise detalhada do histórico familiar do paciente. É fundamental identificar se há recorrência de tumores na família, especialmente em idades mais precoces do que o habitual ou em diferentes locais do corpo, o que pode sugerir uma predisposição hereditária.

Com base nessa avaliação clínica, testes genéticos são recomendados para detectar mutações nos genes que podem aumentar o risco de câncer. A coleta é feita a partir de uma amostra de sangue, saliva ou mucosa oral. A escolha do teste vai depender do tipo e do local do tumor. Para exemplificar, no caso dos tumores de mama e ovário, que correspondem a cerca de 21% dos cânceres hereditários, o teste a ser realizado envolve a técnica de Sequenciamento de Nova Geração (NGS) e o MLPA (Multiplex Ligation-dependent Probe Amplification) para os genes BRCA1 e BRCA2.

Além disso, existem exames mais amplos, como os painéis genéticos multigênicos, que permitem a detecção de variantes, ou seja, alterações em uma série de genes ligados a diferentes tipos de câncer hereditário, entre os mais comuns: mama, ovário, próstata, colorretal e pâncreas. Essas variantes são divididas em cinco categorias, dentre as quais “patogênica” ou “provavelmente patogênica” podem indicar uma Síndrome de Predisposição Hereditária ao Câncer.

“Com base nos resultados obtidos, elaboramos um relatório que inclui o cálculo do risco para o desenvolvimento de outros tipos de câncer associados à alteração genética identificada.” Retomando o exemplo do câncer de mama, nesse relatório o geneticista sugere o acompanhamento clínico por especialistas, como o mastologista, que incluirá exames de controle periódicos, além da avaliação da possibilidade de realizar a remoção da mama, dos ovários e das trompas. Essas decisões serão discutidas em conjunto com o paciente e com a equipe, que inclui oncologistas clínicos e cirurgiões oncológicos.

Câncer e Família – Além da atenção ao paciente, o geneticista também desempenha um papel fundamental junto aos familiares. A investigação sobre alterações genéticas que podem ser hereditárias e predispor ao desenvolvimento de Síndromes de Predisposição Hereditária ao Câncer deve ser estendida a outros membros da família, como filhos, irmãos, pais e outros membros.

“Aos familiares, deixamos claro que, caso identifiquemos uma Síndrome de Predisposição Hereditária ao Câncer nos testes genéticos, isso não significa necessariamente que a pessoa desenvolverá a doença.” O médico enfatiza que, com o acompanhamento familiar, é possível criar um plano personalizado de monitoramento, que inclui exames periódicos, especialmente para os membros mais jovens da família.

Fonte: ONCOMED MT

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Cidades

Morre em Cuiabá criança de 1 ano que esperava por remédio mais caro do mundo

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O bebê Adrian Emanuel Goy, de 1 ano, morreu após sofrer uma parada cardíaca e ser entubado, nesta quinta-feira, 19, em Cuiabá. Ele tinha Atrofia Muscular Espinhal (AME) e precisava tomar o remédio mais caro do mundo, avaliado em cerca de R$ 7 milhões.

Adrian foi internado logo nos primeiros meses de vida e chegou a ficar 8 meses em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Ele recebeu alta no início de dezembro do ano passado, após a família conseguir autorização do plano de saúde para home care. Conforme decisão judicial, o governo federal deveria comprar o remédio chamado Zolgensma até os 2 anos de vida da criança.

Na manhã desta sexta-feira, 20, no entanto, a mãe de Adrian, Geyzirrana Vitória Gois Bay, de 21 anos, informou sobre a morte do filho nas redes sociais. “Nosso fofuxo virou uma estrelinha. Meu coração está em pedaços. Ainda sem acreditar que meu filho se foi”, disse.

Segundo Geyzirrana, Adrian passou mal em casa, foi levado ao hospital, onde foi entubado, mas sofreu uma parada e não resistiu. A família informou que quer levar o corpo para ser velado na cidade natal de Adrian, Canarana, e pediu ajuda nas redes sociais para pagar as despesas.

Desde que o bebê foi internado pela primeira vez, Geyzirrana vivia com o filho no Hospital Santa Casa, em Cuiabá. Ela era natural de Canarana. A família planejava morar em Barra do Garças, mas com a melhora do filho no fim do ano passado, se mudaram para Várzea Grande, região metropolitana da capital.

Neste mês, o governo federal comprou o medicamento mais caro do mundo para a criança. A mãe dele anunciou, há dois dias, que precisava fazer a aplicação, em Curitiba, e que, estava tentando arrecadar dinheiro para pagar as despesas do transporte.

Diagnóstico

Os pais perceberam algo de errado quando o filho tinha 2 meses de vida. “Ele não respirava bem e tinha dificuldade para firmar o corpinho”, explica a mãe. Uma pediatra encaminhou a criança para Cuiabá e já existia a suspeitava da doença.

O processo de descoberta da doença se estendeu por mais dois meses até sair o resultado. Nesse tempo, a criança já estava internada. Para a dor do pequeno e dos pais, a AME foi o diagnóstico final.

Fonte: G1/MT

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