domingo, 20 de abril de 2025
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STJ dá início às comemorações do Mês da Mulher com palestra sobre perspectiva de gênero no Judiciário

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No Dia Internacional da Mulher, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) promoveu uma palestra para discutir a perspectiva de gênero no Judiciário, dando início a uma série de eventos ao longo de março para comemorar o Mês da Mulher.​​​​​​​​​

Ministro Humberto Martins fala entre autoridades em evento pelo Dia das Mulheres. ​ | Foto: Gustavo Lima/STJ

Segundo o presidente do tribunal, ministro Humberto Martins, o STJ busca se alinhar ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) na construção de políticas públicas de proteção ao direito da mulher, colocando em prática conceitos delineados na Constituição.

“É exatamente na mesma linha da nossa Constituição Federal que todos nós, homens e mulheres deste País, devemos caminhar, buscando construir um Brasil digno para as mulheres e meninas de hoje e do amanhã”, comentou o ministro.

Entre as ações de destaque do tribunal, Martins citou a instituição do programa Equilibra, a pioneira criação da Ouvidoria das Mulheres e a adesão ao protocolo HeforShe, da Organização das Nações Unidas (ONU).

“Reafirmo que a contribuição das mulheres na vida pública e na sociedade é incalculável e deve ser reverenciada por todos nós, pois a busca pela igualdade de gênero não se limita ao Sistema de Justiça”, afirmou o ministro durante a abertura do evento.

Participaram da cerimônia o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do CNJ, ministro Luiz Fux; a ministra do STJ Laurita Vaz; o ouvidor do STJ, ministro Moura Ribeiro; a conselheira do CNJ Salise Monteiro Sanchotene; o conselheiro do CNJ Márcio Freitas, e a desembargadora do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) Maria do Carmo.

Conquista de espaços na sociedade

O ministro Luiz Fux lembrou que o País ainda vive sob a influência de uma cultura de séculos de discriminação, e aos poucos as mulheres foram conquistando espaços na sociedade. Entretanto, ele destacou que muito ainda precisa ser feito.

“Durante a pandemia, uma em cada quatro mulheres com mais de 16 anos sofreu algum tipo de violência no primeiro ano. Para mudar essa realidade, precisamos dizer a verdade”, afirmou.

A ministra Laurita Vaz recordou que faz parte de uma geração de mulheres que enfrentaram as resistências na sociedade e lutaram para conquistar espaços. “Nunca foi fácil, mas sempre contei com o apoio da família, dos amigos e dos colegas do Judiciário”, comentou.

O ministro Moura Ribeiro destacou o apoio dado pelo CNJ e pelo STJ à causa, incluindo ações concretas, como a criação da Ouvidoria das Mulheres. A conselheira Salise Sanchotene enfatizou que o momento é de reflexão sobre o papel da mulher no Judiciário. Para ela, todas as magistradas contribuem com um olhar diferente nas questões julgadas.

O conselheiro Márcio Freitas lembrou que uma sociedade democrática se faz com igualdade de gênero, e essa missão é de todos, inclusive de instituições como o CNJ, que devem lutar pela garantia de direitos.

A desembargadora Maria do Carmo disse que as discussões sobre o papel da mulher são comuns em todos os países, cada um com a sua peculiaridade e institucionalidade, que devem ser respeitadas na ampla discussão que se faz sobre o assunto.

Judiciário sob a perspectiva de gênero

Na sequência, a promotora de Justiça do Estado de São Paulo Gabriela Manssur proferiu palestra sobre o tema “O Judiciário sob a Perspectiva de Gênero”. Ela lembrou que, atualmente, 40 milhões de mulheres no Brasil estão em situação de pobreza, mais vulneráveis às diversas violências.

“Todas essas mulheres merecem respeito. Infelizmente, a maioria que sofre violência nunca foi ao Judiciário reclamar os seus direitos”, alertou Manssur ao comentar que o Brasil é o quinto país que mais mata mulheres por questões de gênero e é o que mais trafica mulheres para exploração sexual.

A promotora destacou várias ações do Legislativo e do Judiciário como formas de combater esses problemas. Citou como exemplos a tipificação do crime de stalking e a criação de ouvidorias específicas para mulheres como estratégias de sucesso para garantir mais direitos à mulher.

No encerramento, o ministro Humberto Martins agradeceu a participação de todos e todas, e enfatizou ser preciso assegurar a participação plena e efetiva das mulheres, e a igualdade de oportunidades para liderança em todos os níveis, nas esferas pública e privada.

Fonte: STJ

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TRF4 nega recurso da União e determina fornecimento de medicamento para criança com AME

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A 6ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) decidiu ontem (6/4), por unanimidade, negar recurso da União e manter a decisão de primeira instância que determinou o fornecimento do medicamento Zolgensma, para tratamento de uma criança com Atrofia Muscular Espinhal (AME).

A menina, de 1 ano e 3 meses, mora em Porto Alegre. A mãe ajuizou ação na Justiça Federal em abril do ano passado, alegando que sem o fármaco, a filha corria risco de morte. Em fevereiro deste ano, a 2ª Vara Federal de Porto Alegre proferiu sentença favorável, com cumprimento imediato, determinando à União o fornecimento do medicamento, que tem o custo aproximado de R$ 12 milhões.

A União recorreu com pedido de efeito suspensivo à decisão, e o valor, já depositado judicialmente, não foi liberado. No dia 11 de março, o relator do caso no TRF4, desembargador federal João Batista Pinto Silveira, entendeu que, devido à relevância da matéria, o pedido deveria ser examinado pelo colegiado, e pautou o processo para julgamento na sessão desta quarta-feira.

Na sessão, que foi realizada de forma telepresencial, a 6ª Turma manteve a determinação de fornecimento do tratamento. O relator destacou que “é conhecida a posição do Supremo Tribunal Federal no sentido de que o alto custo da medicação não justifica, por si só, negativa de acesso a tratamento de saúde, uma vez que os pedidos devem ser apreciados caso a caso”.

Em seu voto, o magistrado ainda ressaltou: “mesmo que o fármaco Zolgensma não promova a cura completa, há indícios de que proporciona maior qualidade de vida, com significativa melhora da função motora e redução da necessidade de suporte ventilatório invasivo; tende ainda a apresentar riscos menores para os pacientes, pois não exige que eles se submetam a punções lombares por tempo indeterminado em ambiente hospitalar. Por fim, encerra-se após aplicação de uma única dose, enquanto que os medicamentos já incorporados ao SUS (como nusinersena e risdiplam) são de uso contínuo, de modo que o custo para a manutenção destes últimos, que também têm valor elevado, pode vir a ser tão dispendioso quanto o primeiro”.

Ele concluiu a manifestação de forma favorável à entrega imediata da quantia necessária para o remédio. “Com relação ao perigo de dano grave à União, de difícil reparação, impõe-se considerar que os riscos são consideravelmente mais elevados para a parte autora, já que, à falta de tratamento, a doença degenerativa tende a seguir seu curso, podendo levá-la a óbito. Há também risco de perda da janela de oportunidade. Com 1 ano e 3 meses de idade, aguarda tratamento que, para ter eficácia almejada, deve ser realizado até o final de seu segundo ano de vida. Assim sendo, a sentença deve produzir seus efeitos práticos imediatamente, inclusive quanto à entrega dos valores necessários à aquisição do medicamento”,afirmou Silveira.

Fonte: TRF4

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Ministro do TST vem ao tribunal conhecer funcionalidades do eproc

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O vice-presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, desembargador Fernando Quadros da Silva, no exercício da Presidência, recebeu ontem (6/4) visita institucional do ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e conselheiro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) Luiz Philippe Vieira de Mello Filho.

Vieira de Mello, que está em Porto Alegre para a realização da inspeção do CNJ no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, veio conhecer o sistema  eproc e suas funcionalidades, principalmente aquelas relativas à execução penal, ressaltando a importância das novas tecnologias na prestação jurisdicional. 

Também participou da reunião o coordenador dos sistemas eproc e SEI, juiz federal Eduardo Tonetto Picarelli.  

Fonte: TRF4

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