segunda, 09 de dezembro de 2024
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Polícia

Sistema de Registro de Boletins da Segurança Pública completa 12 anos

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Assessoria/Polícia Civil-MT

Mais de 3,3 milhões de ocorrências policiais estão armazenadas no Sistema de Registro de Ocorrências Policiais (SROP) da Segurança Pública de Mato Grosso. O número de boletins de todas as naturezas criminais é resultado de 12 anos de implantação e uso do sistema web no estado de Mato Grosso pela Polícia Civil e a Polícia Militar no sistema criado e gerenciado pela Superintendência de Tecnologia e Informação da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp).

O SROP é totalmente digital, online e integrado e utilizado em 162 unidades da Polícia Civil. Na instituição, o SROP está vinculado à Diretoria de Inteligência que coleta, monitora e administra todas as informações.

Por ser confeccionada em plataforma web, a ocorrência possibilita o acompanhamento em tempo real e o acesso, de qualquer parte do estado, pelas unidades policiais. Em agosto deste ano, o SROP completará 12 anos de implantação no Estado de Mato Grosso.

O sistema é de uso obrigatório em todas as delegacias da Polícia Civil. A última fase foi desenvolvida em 2020, chegando à quarta versão, totalmente integrada e 100% digital.  

O formulário do boletim de ocorrência no SROP apresenta aproximadamente 186 campos para preenchimento, que atendem às necessidades das unidades policiais na apuração e também análises criminais, mapeamento e perfis de vítimas e suspeitos.

“A plataforma atende diversas necessidades e a modernização da instituição decorre da existência do SROP. E o Inquérito Eletrônico da Polícia Civil também permitirá essa sincronia entre ambos os sistemas para que as informações sejam utilizadas de maneira bastante eficiente nas investigações policiais”, aponta o delegado-geral da Polícia Civil, Mário Dermeval Aravéchia de Resende.

Versão 4.0

Uma nova versão da plataforma do SROP entrou no ar na última semana. A versão 4.0   acrescentou três novas funcionalidades: verificação em duas etapas, consulta externa e inserção de idade menor que um ano.

Com a nova versão, todos os servidores que utilizam o SROP tiveram que atualizar o cadastro e habilitar o acesso no sistema junto a suas instituições. Os policiais civis e militares agora precisam realizar a verificação em duas etapas, que é a escolha do meio que deseja receber um código (Token) para entrar no sistema, podendo ser via e-mail ou pelo celular através da leitura de um QRCode. Para aparelhos celulares, basta apenas apontar a câmera do telefone no QRCode e um código será gerado. Se a escolha for o e-mail, o código será enviado no e-mail funcional do servidor.

Outra novidade é a consulta externa, que permite ao operador pesquisar a existência de boletim realizado nas últimas 24h pelo comunicante, evitando a duplicidade de boletins do mesmo fato. Também foi inserido o cadastro da idade de pessoas inferior a 1 ano, a exemplo de recém-nascidos e natimorto, que antes tinham as informações recusadas no sistema.

A versão 4.0 do SROP é fruto de estudos sobre a necessidade de modernizar o sistema diante das novas tecnologias, para dar mais segurança e celeridade aos usuários, além de evitar fraudes na confecção de boletins de ocorrências.

Inovações

O SROP de Mato Grosso foi o primeiro no país a compreender a necessidade de informações de gênero da população GLBTQI+, ao inserir no formulário a motivação homofobia, a partir de 2010. No ano seguinte, foi acrescentado o nome social em todos os campos (comunicante, vítima e suspeito). Em 2014, a orientação sexual da pessoa, seja ela vítima, comunicante, suspeito ou testemunha, entrou no rol do questionário.

Nos anos de 2015, 2017, 2018 e 2019 outras necessidades institucionais foram adicionadas, como consulta de telefone, vínculo entre suspeito e vítima e as inovações legais como a Lei do Feminícidio (13.104/2015), descumprimento de medidas protetivas, importunação sexual, divulgação de cena de estupro ou de cea de estupro de vulnerável, de cena de sexo ou de pornografia, estupro cletivo e esputro corretivo, entre outras atualizações feitas constantemente por uma comissão na Sesp.

Outra funcionalidade do Sistema é a integração com a Delegacia Virtual (www.delegaciavirtual.mt.gov.br), que possibilita a comunicação de 11 naturezas criminais (extravio/furto de documentos, furto simples, denúncia, exercício ilegal da profissão, desaparecimento de pessoas, calúnia, difamação, injúria, ameaça, constrangimento ilegal, violação de domicílio), mais o pré-registro de boletim de ocorrência, dando comodidade ao cidadão, reduzindo tempo e filas nas delegacias físicas.

Fases do SROP

Esse avanço em segurança da informação, usabilidade, qualidade em interação, acessibilidade, confiabilidade e portabilidade dos dados nem sempre foi assim. No período de 2000 a 2009, os boletins de ocorrências eram confeccionados em um programa de computador chamado de “Lotus”, instalado nas unidades policiais que tinham internet. O programa não era integrado e tampouco estava presente em todas as delegacias, porque muitas não tinham internet. Assim, essas unidades confeccionavam o boletim no Word e depois encaminhavam uma via para a Delegacia Regional, que tinha a responsabilidade de transcrever no sistema, possibilitando gerar estatísticas criminais.

“Na época, antes de 2009, a conectividade não era um recurso que tinhamos disponível da mesma maneira que temos hoje, o que justificava a solução utilizada, mas que também gerava problemas à análise criminal. A compilação dos dados em um único lugar tinha um atraso natural, além dos problemas com as falhas de sincronização. Antes da versão web, uma equipe da TI de tempos em tempos precisava viajar para cidades do interior para resolver problemas de replicação da base”, descreve Bruno Figueiredo, gerente de Sistemas da Sesp, que está desde o início à frente da equipe que criou o SROP.

O sistema passou por várias adaptações e melhorias, como a unificação das naturezas de ocorrências utilizadas pela PJC e PM, possibilitando assim o BO Único. Em maio de 2012 foi criado o módulo de boletim para acidentes de trânsito.

Bruno explica que diante das necessidades de modernização e celeridade, foi criada a versão online, que teve o primeiro boletim de ocorrência registrado no dia 1o de julho de 2009 pela Delegacia Especializada de Defesa da Mulher de Cuiabá.

O gerente de Sistemas da Sesp destaca ainda outras funcionalidades inseridas, como em 2017 quando foi feita a integração com o Cadastro Nacional de Estações Móveis Impedidas para bloqueio de aparelho telefônico para aparelhos extraviados, furtados ou roubados. “Já no em novembro de 2018 tivemos outro avanço importante que foi a transmissão automática dos boletins de ocorrência para a base nacional de ocorrências gerida pela Senasp”, explica Bruno, acrescentando que a base do SROP comporta atualmente mais de 3,5 milhões de boletins e tem uma média 1.080 registros por dia e tem integrações com o Sistema de Identificação Civil, Detran, Sinesp e Delegacia Virtual.

História e o futuro

Anterior a essa fase, todas as ocorrências policiais eram feitas em formulários com quatro vias, nas cores, branca, amarela, verde e azul. Os dados eram preenchidos em máquina de datilografia ou mesmo à mão com caneta esferográfica. Entre as folhas havia um carbono, para gerar as cópias. Muitas vezes a terceira via saía quase ilegível e com o tempo a informação se perdia. Não é raro ainda encontrar nos arquivos mais antigos da Polícia Civil de Mato Grosso documentos elaborados desta forma, mostrando o quanto a instituição segurança pública se modernizou. 

A criação do SROP está ligada à história da Polícia Civil e da delegada Terezinha Fátima Jordão, profissional que desenvolveu o projeto do sistema, atualmente aposentada. Ela conta que a informatização do registro de ocorrências visava alcançar dois aspectos: agilização do processo de atendimento ao cidadão vítima de um crime e a catalogação das  informações em um banco de dados para uso operacional e  gestão estratégica.

“Esse segundo aspecto era decisivo para o sucesso das ações policiais, sejam elas de prevenção ou de investigação, pois os dados quando são sistematizados e analisados por meio de ferramentas específicas trazem relevantes significações à atividade policial, que não seriam obtidas de forma manual. É nesse aspecto que reside a grande relevância  do SROP”, destaca a delegada.

A história de todo o processo de criação de um sistema informatizado e integrado começou a ser pensada ainda na década de 90. “A PJC de Mato Grosso foi vanguarda no cenário nacional  na informatização  do sistema de ocorrências policiais. Na década de 90, mesmo com as limitações tecnológicas impostas à época, o órgão já contava com um sistema de ocorrências informatizado processando em ambiente mainframe, disponíveis apenas para algumas delegacias. Embora  de forma bastante precária, a ideia já estava lá. Por volta de 2002 implantou-se uma nova solução já em arquitetura de microcomputadores, estruturada em intranet, o que permitiu alcançar um número maior de unidades e, finalmente, anos depois, chegou-se à versão web, que trouxe mais agilidade, capilaridade e interatividade, tanto para o usuário, como  com outros sistemas policiais”, recorda Terezinha Jordão.

Fonte: PJC MT

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Polícia localiza corpo de jovem sequestrado em Campo Novo

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O corpo de Victor Alexandre Siqueira Marcolino, jovem morador de Campo Novo do Parecis que estava desaparecido desde o último dia 23 de outubro, foi localizado pela polícia. A confirmação foi feita pelos familiares, que relataram o desfecho trágico da busca pelo rapaz.

Segundo informações da família, Victor foi sequestrado por volta das 19h30, em uma ação rápida e violenta realizada por quatro homens encapuzados em outubro.

Ele foi abordado e levado à força em um veículo preto, sem chance de reação. Desde então, a angústia tomou conta dos parentes e amigos, que aguardavam por notícias sobre seu paradeiro. A mãe de Victor chegou a fazer um apelo por notícias que pudessem indicar o paradeiro do filho.

Até o momento, a polícia não divulgou detalhes sobre a localização do corpo nem sobre as circunstâncias do crime.

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Mãe faz apelo comovente por filho desaparecido. “Minha vida acabou”

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A mãe de Victor Alexandre Siqueira Marcolino, jovem de Campo Novo do Parecis que foi supostamente sequestrado na noite de 23 de outubro, fez um apelo comovente nas redes sociais, clamando por qualquer informação que possa indicar o paradeiro do filho.

De acordo com relatos de familiares, Victor Alexandre foi abordado por quatro homens encapuzados, que o levaram à força em um veículo preto. Desde então, o jovem permanece desaparecido, e não houve novas informações sobre seu paradeiro.

O sequestro teria ocorrido de maneira rápida e violenta, sem tempo para reação, segundo os familiares, que vivem momentos de aflição e incerteza. Em meio à angústia, a mãe de Victor usou as redes sociais para expressar seu sofrimento e pedir ajuda.

Em uma das publicações, escreveu: “Oi Deus, sou eu de novo pedindo, suplicando, tentando entender o porquê de terem feito isso com meu filho. A vida, sinceramente, para mim acabou, estou existindo, pois nada tem mais sentido”.

“Jamais imaginei viver e sentir esta dor que não tem fim, uma dor intensa e sem remédio, uma dor na alma”, declarou.

Ainda em seu apelo, ela finaliza com um pedido. “Estamos te esperando. Volta, meu filho”. Enquanto a busca por Victor Alexandre continua, a família permanece à espera de respostas e de qualquer ajuda que possa contribuir para o desfecho deste caso.

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