Tangará da Serra
SEPOTUBA: MPF conduzirá audiência para discutir agressões e ocupações irregulares
Pesqueiros, tablados flutuantes, cevas, linhas, anzóis, redes de pesca, pastagens, esgoto e muito lixo. Tudo isto e mais um pouco pode ser encontrado em grande quantidade às margens do rio Sepotuba, o principal afluente do rio Paraguai e maior manancial das cabeceiras do Pantanal.
Este descalabro será tema de audiência pública convocada para esta terça-feira (13) pelo Ministério Público Federal em Mato Grosso (MPF/MT), por meio do Ofício de Tutela do Meio Ambiente e do Patrimônio Cultural. A audiência, que tratará expressamente da ocupação irregular das margens do Rio Sepotuba e das instalações irregulares de pesqueiros, terá início às 14hs, no auditório da Subseção da OAB em Tangará da Serra.

Ocupações irregulares resultam em alto grau de poluição, com grande quantidade de lixo e cevas com soja e milho
Entre os assuntos em pauta consta a ocupação irregular das áreas de reserva legal e preservação permanente do assentamento Antônio Conselheiro, principalmente por pesqueiros instalados às margens do Rio Sepotuba, muitos deles sob domínio de pessoas que não se enquadram como assentados ou trabalhadores rurais. Neste contexto há, inclusive, suspeitas de negociações ilegais de lotes.

Atividades de pesca e entretenimento nas margens do rio resultam em lixo acumulado e evidentes agressões ao manancial
O procurador da República e titular do Ofício do Meio Ambiente, Pedro Melo Pouchain Ribeiro, esclareceu que a reserva legal do assentamento não pode ser ocupada, além de que a construção de tablados necessita de cadastro técnico junto à SEMA/MT e Marinha. “Vamos realizar essa audiência pública justamente com o objetivo de ouvir a população, ficar a par do que está acontecendo na região. Queremos dar a oportunidade de que a sociedade participe do processo de tomada de decisão, juntamente com as mais diversas instituições, em prol da regularização ambiental da área”, enfatizou Ribeiro.
Agressões sistemáticas
Há muitos anos o Sepotuba vem sendo agredido sem dó nem pudor por uma quantidade imensa de pesqueiros, boa parte deles na região do Antônio Conselheiro. A atividade ilegal de pesca é menos intensa durante a piracema, mas quando o período proibitivo não vigora o que se pode observar é um grande número de pessoas em suas margens.

Abusos ao meio ambiente e pesca ilegal desvirtuam a verdadeira função de lotes no Assentamento Antônio Conselheiro, que foram distribuídos pelo Incra para reforma agrária
Vale salientar que a fraqueza do estado na fiscalização é um dos fatores que incentivam as práticas irregulares e as agressões.
Há quem pesque com certa consciência, mas há quem pratique a pesca predatória, com uso de redes, tarrafas, espinhéis e anzóis de galho. A venda clandestina de peixe é comum na região e em meio a esta atividade as cevas forram o leito do Sepotuba com soja e milho, alimentos absolutamente estranhos à ictiofauna, mas que atraem cardumes para os pescadores.
Para subsidiar as discussões, a SEMA/MT e o Batalhão de Polícia Militar Ambiental promoveram um levantamento preliminar sobre a atual situação das ocupações irregulares nas áreas de reserva legal e preservação permanente do assentamento.
A partir desse levantamento e, em especial, dos relatos em audiência pública, será traçada a estratégia de regularização, inicialmente preventiva e orientativa, podendo culminar também com atuações fiscalizatórias e repressivas dos infratores, se necessário.
Também participarão da audiência pública, representantes do Ministério Público Estadual (MPE), do Instituto Nacional de Reforma Agrária (INCRA), SEMA, Prefeitura de Tangará da Serra, Batalhão da Polícia Militar Ambiental e da Marinha, por meio da Agência Fluvial de Cáceres.

Imagens retratam a judiação do rio Sepotuba por atividades ilegais e ocupações irregulares
- Segundo revelado pela PM Ambiental, 95% dos tablados inspecionados no trecho percorrido estão em desconformidade com a lei

Tangará da Serra
Dr. João cobra regulamentação urgente da lei do canabidiol: “essa Casa não serve para nada?”
O primeiro-secretário da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado Dr. João (MDB), fez um veemente apelo durante sessão plenária nesta quarta-feira (26) para que o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES), regulamente imediatamente a Lei nº 11.883/2022, que dispõe sobre o fornecimento de medicamentos à base de canabidiol pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no estado. A lei, de autoria do deputado Dr. João em conjunto com os parlamentares Wilson Santos (PSD) e Lúdio Cabral (PT), foi sancionada em 2022 mas até agora não saiu do papel.
Em discurso inflamado na tribuna, Dr. João expressou sua indignação com a falta de implementação das leis aprovadas pela ALMT: “Temos que criar uma situação na Assembleia, uma gerência, superintendência, para acompanhar os projetos que viram lei. A gente faz o projeto, aprova, o governador sanciona e ela não é cumprida. Precisamos fazer alguma coisa. Sobre a questão do Canabidiol, é o grande exemplo”.
O parlamentar foi enfático ao criticar a postura do secretário de Saúde, Gilberto Figueiredo: “O secretário de Saúde do Estado prefere, adora uma judicialização, porque não tem responsabilidade nenhuma. Não quer saber se é barato ou caro, a Justiça já mandou ele cumprir. Teremos uma economia para o estado muito grande com a regulamentação”.
Dr. João destacou a eficácia do tratamento com canabidiol, especialmente para pacientes com condições neurológicas graves: “A finalidade da medicação, eu já vi vários casos em ambientes em que pessoas com crise convulsiva em que as pessoas tem uma por semana, sendo que tinham antes do canabidiol 30 por dia. É uma coisa eficiente, não custa pegar essa lei nossa que foi aprovada nesta casa”.
O parlamentar lembrou que a lei estabelece critérios seguros para a prescrição, determinando que o canabidiol só pode ser prescrito por médicos habilitados pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e que os produtos à base da substância devem estar liberados pela Anvisa, conforme a Resolução RE nº 4.067/2021.
Enquanto Mato Grosso não implementa a lei, outros doze estados brasileiros (Acre, Alagoas, Amapá, Goiás, Paraná, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Tocantins, São Paulo e o Distrito Federal) já possuem programas de distribuição de canabidiol pelo SUS.
Medicamentos à base de canabidiol são indicados para pacientes com “condições médicas debilitantes”, como câncer, mal de Parkinson, hepatite C, doença de Crohn, transtorno de espectro de autismo (TEA) severo, esclerose lateral amiotrófica, epilepsia, entre outras doenças crônicas.
A Anvisa já liberou o uso oral do canabidiol através da Resolução RE nº 4.067/2021 e os medicamentos já são comercializados no país.
Dr. João foi categórico em sua cobrança: “Então essa Casa não serve para nada. Vamos fazer o que aqui? A gente aprova uma lei e ela não é cumprida. Não é de hoje, tem mais de ano que ela tá valendo”. O parlamentar também criticou a concentração de poder no estado: “O poder de pessoas aqui neste estado, tem gente que tem um poder descomunal. A gente não acredita como pode ser tão poderoso e a população que se dane”.
“Não podemos mais aceitar que nosso trabalho legislativo seja em vão. As famílias que dependem desses medicamentos não podem esperar mais”, finalizou Dr. João.
Tangará da Serra
Adolescente que invadiu casa e participou de roubo de R$ 80 mil em Tangará é apreendido
A Polícia Civil de Tangará da Serra, por meio da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (DERF), realizou nesta terça-feira (25) mais uma ação da Operação Recuperação Rápida, com o cumprimento de um mandado de busca e apreensão contra um adolescente, identificado como um dos envolvidos em um roubo ocorrido no dia 9 de março.
O crime aconteceu quando três indivíduos encapuzados e armados invadiram a residência da vítima, subtraindo um veículo Jeep Commander e valores em dinheiro e transferências via PIX, totalizando aproximadamente R$ 80 mil.
Após o trabalho investigativo, todos os suspeitos foram identificados, resultando na apreensão do adolescente, que teve participação direta no crime. Além disso, a Polícia Civil já havia conseguido recuperar o veículo e parte do valor roubado.
As investigações seguem em andamento para localizar os demais envolvidos, que já foram identificados, e verificar se há participação de outros suspeitos na ocultação dos valores subtraídos e na logística do crime.
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