sexta, 19 de abril de 2024
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Economia

Sem OMC, custo das exportações brasileiras aumentaria 120%, diz CNI

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O comércio do Brasil com países do G20, as 20 maiores economias do mundo, tende a sofrer uma sobretaxa 120% maior do que a atual, caso a guerra comercial entre Estados Unidos e China e o aumento do protecionismo continuem a reduzir a abrangência da Organização Mundial do Comércio (OMC). A análise é da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

O estudo mostra que entre 1995, ano de criação da OMC, e 2017, as tarifas médias de importação aplicadas pelos países do G-20 caíram de 11% para 5%. Essa simulação aponta que, se os impostos de importação voltarem ao patamar pré-OMC, em meio ao enfraquecimento da instituição, os exportadores brasileiros passariam a pagar US$ 6,3 bilhões a mais em impostos nas vendas para os países do G20.

A projeção do impacto potencial anual nas exportações do Brasil, sem uma reforma da OMC, prevê aumento no pagamento de tarifas de US$ 2,4 bilhões para China, US$ 1,1 bilhão para a Índia, mais de US$ 1 bilhão para a União Europeia e US$ 540 milhões para os Estados Unidos.

Tarifas

As tarifas, segundo a CNI, começaram a subir. A guerra comercial entre Estados Unidos e China elevou o imposto de importação em até 25% para mais de 3 mil produtos e a União Europeia impôs tarifas de 25% para importações de pelo menos 26 produtos siderúrgicos.

A Turquia, em retaliação à política norte-americana de proteção do seu aço e de seu alumínio, reajustou a tarifa de bens estratégicos, como carros, que passou a pagar 120%, bebidas alcoólicas (140%) e tabaco (60%). Por regra, o aumento começa de forma pontual e se amplia.

“O enfraquecimento da OMC, com um sistema sem regras, impacta muito negativamente no comércio mundial e traz muita incerteza”, afirmou Fabrízio Panzini, gerente de negociações internacionais da CNI.

Preocupações

O setor privado brasileiro articula uma pressão internacional a favor de uma reforma na OMC, que restaure a legitimidade do sistema multilateral de comércio. Hoje (2), em São Paulo, a CNI e a Câmara de Comércio Internacional (ICC) realizam um evento com a participação de organizações empresarias dos Estados Unidos, México, União Europeia e países do Mercosul, para discutir e apontar um caminho comum aos seus respectivos governos para a reforma da OMC.

A ideia é aprovar um documento final com propostas para aprimorar a governança do sistema multilateral de comércio mundial. Entre as presenças confirmadas está a do chefe de gabinete da OMC, Tim Yeend, além de renomados especialistas em comércio internacional. 

“Países como o Brasil tendem a perder mais que outros com o enfraquecimento da OMC, pois temos uma pauta diversificada de exportação, com grande participação do agronegócio. Somente no sistema de solução de controvérsias da OMC, o Brasil ganhou muitos casos contra subsídios”, afirmou Panzini.

Pazini citou as vitórias do governo brasileiro em controvérsias contra os subsídios dos EUA ao algodão, do Canadá a favor da indústria de aviões e da União Europeia a favor do açúcar. Para o setor privado, é essencial que a OMC se fortaleça, porque é o órgão máximo para garantir a estabilidade e a previsibilidade de regras de comércio. 

“Se, por um lado, a guerra comercial e o aumento do protecionismo ameaçam o sistema multilateral de comércio, por outro isso aumenta a pressão por uma reforma na OMC, cujas negociações ainda estão travadas”, argumentou Panzini. 

Tratamento especial

No mês passado, durante visita oficial do presidente Jair Bolsonaro aos Estados Unidos, o governo brasileiro anunciou que vai começar a abrir mão do status de país em desenvolvimento na OMC, em troca do apoio norte-americano à entrada do país na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), um grupo internacional que reúne 36 países desenvolvidos.

Os EUA não fazem parte da OMC e são contra a existência de listas com tratamento diferenciado para países com menor desenvolvimento industrial.  Essa lista, da qual o Brasil faz parte, juntamente com algumas outras dezenas de países considerados em desenvolvimento, traz vantagens como mais prazo para cumprimento de acordos, crédito internacional mais barato e outras flexibilidades para assinatura de acordos de livre-comércio com países desenvolvidos. 

Segundo Panzini, o Brasil é capaz de abandonar o status especial na OMC, mas isso deve estar articulado em torno de uma ampla reforma na organização, em que essa perda seja compensada com regras mais favoráveis para o país em temas como subsídios agrícolas adotados por outros países contra os produtos brasileiros.

“O status de tratamento especial tem lá sua importância, é algo que o Brasil pode abrir mão sim, mas isso tem que fazer parte de um pacote negociado com outros ganhos que são do interesse do país, como subsídios na agricultura e na indústria”, afirmou. 

Edição: Sabrina Craide

Cidades

Com a maior produção do país, MT tem 9,5 vezes mais cabeças de gado do que gente

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Mato Grosso é o estado com a maior produção de bovinos no país, com 9,5 vezes mais cabeças de gado do que habitantes, conforme os dados divulgados pela mais recente Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estado é líder na produção entre os estados brasileiros desde 2004, seguido pelo Pará e Goiás, respectivamente.

Segundo o estudo, o rebanho bovino de Mato Grosso aumentou 5,6%, passando de 32.424.958 cabeças de gado, em 31 de dezembro de 2021, para 34.246.313, na mesma data de 2022.

Se comparado com o número de habitantes (3.658.813), o estado possui mais de 9 cabeças de gado por pessoa.

De acordo com a analista da PPM, Mariana Oliveira, a produção de bovinos tem aumentando no Brasil desde 2019, por causa dos bons preços da arroba e do bezerro vivo.

“Houve um processo de retenção de fêmeas para reprodução, devido aos preços mais atrativos. Mas a expectativa é de que a alta dos preços tenha se encerrado em 2022, quando observamos, também, aumento no abate de fêmeas”, aponta.

Fonte: G1

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Cidades

Santander expande rede no Mato Grosso e inaugura primeira agência de Nova Olímpia

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O Santander Brasil segue investindo no Mato Grosso e agora expande sua rede física com a primeira agência do município de Nova Olímpia. Mesmo com os investimentos em canais digitais, ampliando o alcance de serviços para um público cada vez maior, o Banco inaugura sua nova loja na próxima segunda-feira (4/9) na Avenida Mato Grosso, 792, Centro, com horário de funcionamento das 9h às 17h.

A nova agência irá atender toda a população da cidade, empresários, funcionários públicos, aposentados, produtores rurais e todos que fazem parte da folha de pagamento da UISA, uma das maiores biorrefinarias do Brasil, que atua em todas as etapas da cadeia produtiva da cana-de-açúcar, desde o plantio até o comércio, logística e distribuição do produto acabado. Importante polo agrícola e de pecuária no Oeste do estado, Nova Olímpia se destaca pelas culturas de cana-de-açúcar, arroz, milho e feijão, além da pecuária de corte, cria e recria.

“As lojas têm um papel importante para os clientes que preferem atendimento presencial para realizar operações bancárias. Abrir a primeira agência em Nova Olímpia é uma forma de demonstrar o quanto valorizamos o contato com clientes que optam por ir às agências em seu dia a dia, em paralelo com o avanço de nossa estratégia digital”, explica Eugênio Godoy, senior head da Rede Centro-Oeste do Santander Brasil.

De acordo com estimativas de um estudo especial do Departamento Econômico do Santander sobre economia regional, divulgado em setembro do ano passado, Mato Grosso terá o quarto maior crescimento entre todos estados brasileiros este ano. A projeção para a economia mato-grossense é de uma expansão de 4,9% em 2023, desempenho superior ao esperado para a média do Brasil, de 2,6%. A agropecuária deve ser o setor da economia com maior dinamismo no ano corrente, com elevação de 4,7%.

“A dinâmica econômica do Estado, reforçada por essa projeção do Santander, demonstra o potencial do Mato Grosso e impulsiona o Banco a se colocar cada vez mais presente nas vidas dos mato-grossenses. Com essa nova agência, seguiremos ampliando nossa participação no desenvolvimento dos negócios em toda a região, sendo um importante instrumento para que a população possa concretizar seus objetivos pessoais e profissionais”, destaca o executivo.

Na nova agência, os clientes pessoas físicas e jurídicas poderão realizar desde operações simples a utilizar soluções financeiras como financiamentos, consórcio, crédito consignado e investimentos. Há as soluções da Getnet de meios de pagamento, como maquininhas, o Link Getpay (link de pagamento, que pode ser compartilhado pelo celular, sem a necessidade de o lojista ter máquina de cartões), uma plataforma para construir loja virtual e serviços de gestão financeira que podem ajudar os microempreendedores e empresas de pequeno e médio porte da região.

O CDC Solar é outra oferta que vem ganhando apelo junto às empresas e consumidores residenciais, devido à possibilidade de redução de custos com energia elétrica a curto e médio prazo. Dentre os outros produtos oferecidos pelo Santander, somam-se as linhas de crédito e consórcio imobiliário e de veículos, além de tantos outros serviços que o Banco dispõe.

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