segunda, 23 de junho de 2025
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Economia

Redução de spread elimina risco de título público perder da poupança

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A redução de uma taxa cobrada de quem vende títulos do Tesouro Direto corrigidos pela Selic (juros básicos da economia), anunciada ontem (5), elimina o risco de o papel render menos que a poupança em algumas ocasiões, esclareceu o Tesouro Nacional. Segundo o órgão, a medida foi necessária para diminuir o receio de investidores de aplicar em títulos públicos.

O Tesouro Direto oferece papéis de diversos tipos. No entanto, o Tesouro Selic era o único que eventualmente perdia da poupança. No caso de resgates próximos à data de aniversário da caderneta, a poupança rendia mais que o Tesouro Selic se o dinheiro fosse retirado até seis meses depois da aplicação.

Essa situação só perdurava nos dias próximos ao aniversário da poupança. Isso porque a caderneta não paga o rendimento todos os dias, apenas uma vez a cada 30 dias, contados a partir da data em que o correntista transferiu dinheiro para a caderneta. O Tesouro Selic paga rendimentos todos os dias, até a correção atingir 6,5% em um ano, equivalente à variação da taxa Selic. A poupança, em contrapartida, rende apenas 70% da Selic nas condições atuais do mercado.

“Como o Tesouro Selic rende um pouquinho a cada dia e a poupança rende de uma só vez a cada mês, o aplicador poderia perder em algumas ocasiões se resgatasse os títulos públicos no curto prazo”, explica o diretor-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac), Miguel de Oliveira. Ele enfatiza que a diferença não está nas taxas de rendimentos, sempre mais altas no Tesouro Selic, mas no fato de que o rendimento da poupança é concentrado um dia no mês.

Para contornar a situação, o Tesouro reduziu, de 0,04% para 0,01% ao ano o spread do Tesouro Selic. O spread é a diferença de preços entre o momento do investimento e o momento do resgate antes do vencimento de um título. No curto prazo, a diminuição da taxa iguala o rendimento da poupança e do Tesouro Selic próximo aos dias de aniversário da caderneta. No médio e no longo prazo, amplia a vantagem dos títulos públicos.

Migração

O diretor-presidente da Anefac elogia a medida e diz que essa era uma reivindicação antiga dos investidores, que eliminou o risco de os títulos públicos perderem eventualmente da poupança. Ele, no entanto, diz não acreditar em migração em massa da poupança para o Tesouro Direto.

“A redução do spread ajuda a equiparar a poupança ao Tesouro Selic, mas uma debandada em massa para os títulos públicos não deve ocorrer porque a caderneta ainda é uma aplicação simples, isenta de Imposto de Renda e com retirada imediata. Muitos investidores continuarão a preferir a poupança, mesmo ela rendendo menos”, explica.

Por render diariamente, o Tesouro Selic é o papel mais indicado para quem quiser fazer uma reserva de emergência, como na poupança, desde que o dinheiro fique pelo menos 30 dias parado. O saque não é imediato, como na caderneta. Caso o aplicador peça o regate, o dinheiro só é retirado no dia útil seguinte, se a operação tiver sido feita antes das 18h, ou dois dias úteis mais tarde, se a ordem tiver sido dada depois das 18h.

Aplicação

O Tesouro Direto foi criado em janeiro de 2002 para popularizar esse tipo de aplicação e permitir que pessoas físicas pudessem adquirir títulos públicos diretamente do Tesouro, via internet, sem intermediação de agentes financeiros. O aplicador só tem de pagar uma taxa à entidade responsável pela custódia dos títulos, embora muitas corretoras e bancos tenham zerado a taxa. Mais informações podem ser obtidas no site do Tesouro Direto.

A venda de títulos é uma das formas que o governo tem de captar recursos para pagar dívidas e honrar compromissos. Em troca, o Tesouro Nacional se compromete a devolver o valor com um adicional que pode variar de acordo com a Selic, índices de inflação, câmbio ou uma taxa definida antecipadamente no caso dos papéis prefixados.

Edição: Graça Adjuto

Economia

Petrobras anuncia aumento do diesel

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A Petrobras anunciou um aumento de R$ 0,22 no preço do litro do diesel para as distribuidoras, elevando o valor médio para R$ 3,72 a partir de 1º de fevereiro. A estatal justificou a alta pela defasagem dos preços internos em relação ao mercado internacional, que estaria entre 14% e 17%, segundo a Abicom (Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis).

Além do reajuste da Petrobras, o diesel também será impactado pelo aumento do ICMS, que subirá R$ 0,06 por litro, passando para R$ 1,12. A medida, aprovada no ano passado, entra em vigor no mesmo dia e contribui para a alta nos preços.

O mercado vinha pressionando a estatal pelo reajuste, temendo uma intervenção governamental semelhante à do governo Dilma Rousseff, quando a contenção artificial dos preços gerou um prejuízo estimado de R$ 100 bilhões à Petrobras.

Fonte: Repórter MT

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Cidades

Com a maior produção do país, MT tem 9,5 vezes mais cabeças de gado do que gente

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Mato Grosso é o estado com a maior produção de bovinos no país, com 9,5 vezes mais cabeças de gado do que habitantes, conforme os dados divulgados pela mais recente Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estado é líder na produção entre os estados brasileiros desde 2004, seguido pelo Pará e Goiás, respectivamente.

Segundo o estudo, o rebanho bovino de Mato Grosso aumentou 5,6%, passando de 32.424.958 cabeças de gado, em 31 de dezembro de 2021, para 34.246.313, na mesma data de 2022.

Se comparado com o número de habitantes (3.658.813), o estado possui mais de 9 cabeças de gado por pessoa.

De acordo com a analista da PPM, Mariana Oliveira, a produção de bovinos tem aumentando no Brasil desde 2019, por causa dos bons preços da arroba e do bezerro vivo.

“Houve um processo de retenção de fêmeas para reprodução, devido aos preços mais atrativos. Mas a expectativa é de que a alta dos preços tenha se encerrado em 2022, quando observamos, também, aumento no abate de fêmeas”, aponta.

Fonte: G1

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