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Prêmio de gastronomia e pesca mar adentro marcam trabalho de pescadoras
Quem vai a Bahia, quer comer acarajé. No Espírito Santo, a pedida é a moqueca capixaba. E em Arraial do Cabo (RJ)? O peixe salgado com banana, uma receita histórica, transmitida por gerações e popularizada por um coletivo de mulheres, elevou seu potencial para se tornar mais um atrativo turístico do litoral fluminense.
O prato típico da Região dos Lagos conquistou o primeiro lugar da categoria “saberes gastronômicos” do concurso “Saberes e Sabores”, cuja premiação ocorreu na última semana. A receita foi representada pela pescadora Zenilda Marilda da Silva, que preside a cooperativa de Mulheres Nativas do Arraial do Cabo.
Na categoria de empreendimentos rurais, o primeiro lugar ficou com a venezuelana Marelis Dias, produtora de cacau. De um total de 170 mulheres inscritas nas duas categorias, onze brasileiras foram contempladas na premiação com menção honrosa.
O foco do concurso é destacar o papel das mulheres rurais no resgate da alimentação tradicional, saudável e na proteção da biodiversidade. A premiação fez parte da 3ª edição da campanha regional #Mulheres Rurais, Mulheres com Direitos, convocada anualmente, desde 2016, pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).
O objetivo do concurso, que conta com a parceira do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), é dar visibilidade às conquistas das mulheres rurais, indígenas e afrodescendentes da América Latina e aos desafios que as trabalhadoras enfrentam para alcançar empoderamento e autonomia.
Peixe salgado com banana, prato vencedor do concurso “Saberes e Sabores” / Arquivo Pessoal
Relação histórica com a pesca e o mar
A combinação de pescado e o sal nativo reflete a história e a identidade da população local, que, segundo os registros históricos, tem o peixe salgado como base da alimentação e da economia desde o século XVIII. A influência vem dos portugueses e indígenas.
Os ingredientes que compõem a receita vencedora são: dois quilos de pescado (anchova, xaréu ou tainha), um quilo de sal grosso, banha de porco, urucum, pimenta, tomate, alho, cebola, banana d’água e coentro. O tempo de preparo, desde a limpeza do peixe, passando pela salga até o momento do tempero, pode passar de uma semana.
O envolvimento de Zenilda com a pesca começou na infância. Ao lado dos irmãos, ela puxava redes, levava comida para os pescadores, ajudava a mãe no processo de salga e escala do peixe, entre outras atividades. “A gente se envolvia pegando água na cacimba, batendo a rede, uma série de coisas que me leva até hoje à proximidade com a pesca e com o mar”.
Na época, as mulheres não podiam pescar em alto mar. Aos poucos, elas enfrentaram o preconceito e começaram a ocupar espaços antes exclusivamente masculinos, principalmente depois da criação da cooperativa, que hoje tem 23 mulheres associadas.
“Fomos derrubando barreiras. Nós ouvíamos muitas gracinhas dos homens. Mas, nós continuamos a luta. Hoje, elas saem ao mar, de barco, pescando de linha, de zangarejo, da forma que dá, vai à praia puxar o cerco de peixe, enfim, fazem uma série de coisas que no passado não eram permitidas”, conta Zenilda.
Pescadoras conquistam autonomia e comercializam diferentes produtos derivados de peixe (Foto: Arquivo pessoal)
Parceria
A receita do peixe salgado com banana foi inscrita no concurso com o apoio do professor de Gastronomia do Instituto Federal Fluminense, Fernando Melo. O pesquisador se aproximou das mulheres pescadoras depois de escrever um livro, fruto de sua pesquisa de mestrado, sobre a culinária típica de Arraial do Cabo e a relação histórica, cultural e econômica da comunidade local com a pesca.
O professor destaca que a receita do peixe salgado com banana é propriedade histórica de toda a comunidade e que deve ser valorizado como um prato que pode elevar o potencial turístico, além de preservar a cultura da região.
“O que fizemos foi transformar numa receita planificada, dando uma roupagem mais profissional, com quantidades, modo de preparo, para que outras pessoas também pudessem fazer. A gente acredita que essa revitalização da culinária típica é uma forma de estimular e desenvolver um produto turístico”, explica Melo.
Outro objetivo da parceria foi dar visibilidade ao trabalho das mulheres em toda a cadeia produtiva, desde a pesca até as etapas de beneficiamento do pescado. Hoje, as mulheres fazem vários produtos derivados do peixe, como hambúrgueres, quibes, bolos, biscoitos e até sorvete.
Depois da premiação, Zenilda conta que percebeu um aumento significativo na divulgação do trabalho das mulheres. “Houve visibilidade grande em relação à cooperativa. Está trazendo clientes e a gente espera que isso multiplique”.
O grupo sonha em ter uma sede própria e conseguir as Declarações de Aptidão (DAP) ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) para as pescadoras da cooperativa. Com a DAP em mãos, o objetivo é firmar parcerias com órgãos públicos do município, como escolas, para ofertar merendas produzidas com alimentos à base de peixe, com maior nível proteico para as crianças.
Quibe de peixe produzido pela Cooperativa de Mulheres Nativas do Arraial do Cabo (Foto: Arquivo Pessoal)
Campanha 2019
A quarta edição da campanha #Mulheres Rurais, Mulheres com Direitos tem como tema “Pensar em igualdade, construir com inteligência, inovar para mudar”. O eixo condutor da iniciativa é a importância de visibilizar os direitos das mulheres rurais em todos os níveis, desde as garantias individuais até coletivas, além das metas estabelecidas no âmbito dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
A campanha é organizada pela FAO em parceria com a ONU Mulheres, a Secretaria de Agricultura Familiar e Cooperativismo do Ministério Da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a Comissão sobre Agricultura Familiar do Mercosul (Reaf) e a Direção-Geral do Desenvolvimento Rural do Ministério da Pecuária, Agricultura e Pesca do Uruguai.
A mobilização deste ano ocorrerá até o mês de dezembro. Para esclarecimentos de dúvidas, é possível entrar em contato com a coordenação da campanha pelo e-mail: [email protected] ou pelo telefone: (61) 3218.2886

Mais informações à imprensa:Coordenação-geral de Comunicação Social
Débora Brito
[email protected]

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Após “luta” de 1h30, jaú de 150 kg é pescado e solto novamente no rio em Tangará

Foto: G1
Uma “luta” travada entre pescador e peixe levou cerca de uma hora e meia. Mas não era qualquer peixe. O animal em questão trata-se de um jaú que pesa cerca de 150 quilos. Essa história, que não é conversa de pescador, aconteceu em Tangará da Serra no rio Sepotuba e foi destaque no noticiário de Mato Grosso.
O empresário Lucas Torrente e seus amigos é que pescaram o jaú de 150 kg. Entre fisgar o bicho e levá-lo ate um barranco, se passaram uma hora e meia. Depois de toda essa peleia, o peixão foi solto e voltou para as águas do Sepotuba.
De acordo com o biólogo da Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat), Valdo Troy, em entrevista concedida ao portal G1, um peixe deste peso é uma exceção e tem um papel essencial, que é controlar a população de peixes.

“Seria humanamente impossível brigar sozinho com um peixe daquele tamanho. Foi essencial a experiência junto com meus parceiros, porque o jaú é um peixe muito forte”, disse Lucas, que fisgou o bicho, ao portal. “Ele passava tranquilamente uns 150 kg. Se a gente submetesse ele a uma balança, poderia machucá-lo. Então, nós o soltamos e a dúvida ficou”, completou.
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FRANGO/CEPEA: Demanda externa cresce; preços sobem no Brasil
Cepea, 08/04/2022 – A maior demanda internacional pela carne de frango motivou altas nos preços domésticos da proteína, segundo informações do Cepea. Com menor disponibilidade interna de muitos produtos, como peito e filé, vendedores seguem elevando as cotações, buscando garantir a margem frente ao custo de produção ainda alto. Além das exportações, o período de início de mês, com o recebimento do salário por parte da população, também favoreceu as altas nos preços. De acordo com dados da Secex, 385 mil toneladas de carne de frango foram exportadas em março, quantidade 13,3% acima da observada em fevereiro e ainda 4,8% maior que a exportada em março/21. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
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