Pazuello está sendo cobrado por questões relacionadas à logistica e ao calendário de inicio da vacinação
Um grupo de mais de 100 governantes vão se reunir amanhã (14) com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello , para tratar de questões relativas à vacina contra a Covid-19. Estão na pauta questões como planejamento, organização, logística, aquisição de insumios e o calendário de vacinação.
De acordo com o ex-prefeito de Campinas e presidente da FNP (Frente Nacional de Prefeitos), Jonas Donizette (PSB), a frente busca definições sobre questões que têm sido demandadas nos municipios neste momento de aumento da taxa de transmissão da doença.
“O que queremos é um posicionamento urgente sobre como e quando se dará a imunização dos brasileiros”, disse Donizette, em sua conta no Twitter.
Além de prefeitos, secretários municipais de saúde também comparecerão à reunião.
MP: Governo do Amazonas sugeriu abrir valas no interior por falta de oxigênio
O governo do Amazonas orientou uma prefeitura da região metropolitana de Manaus a abrir valas no cemitério local porque não havia previsão para a chegada de oxigênio hospitalar no município, de acordo com um relato feito ao Ministério Público e à Defensoria Pública do estado.
O relato foi reproduzido em uma ação que pede que o governo estadual seja obrigado a enviar oxigênio para a cidade de Itacoatiara, que fica a cerca de 250 quilômetros de Manaus. O pedido foi aceito pela Justiça.
A ação foi apresentada neste sábado. O MP e a Defensoria pediram a não interrupção do fornecimento de oxigênio para o Hospital Regional José Mendes, em Itacoatiara. Eles relataram que atualmente existem 77 pacientes internados, com uma média de 20 novas internações por dia, e que o fornecimento de oxigênio é insuficiente desde o início de janeiro.
Os órgãos também alegam que os planos do governo estadual para enfrentar a crise no estado, como a transferência de paciente para outros estados, não beneficiaram pacientes do interior.
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O MP e a Defensoria dizem que o prefeito de Itacoatiara, Mário Jorge Abrahim, relatou uma reunião em que foi orientado “a abrir valas no cemitério local, uma vez que não havia previsão para o fornecimento de oxigênio para o município de Itacoatiara”.
O relato foi feito pelo prefeito em uma reunião “com a presença de diversas autoridades, dentre elas, de representantes do Ministério Público e da Defensoria Pública do Estado”.
A orientação teria partido do “secretário do Interior” — a Secretária de Saúde do Amazonas tem uma Secretaria-Executiva Adjunta de Atenção Especializada do Interior, comandada por Cássio Roberto do Espírito Santo. Ele também teria oferecido câmeras frigoríficas para a cidade.
O juiz Rafael Almeida Cró Brito atendeu os pedidos feitos e determinou que o governo estadual deve regularizar o fornecimento de oxigênio medicinal em Itacoatiara e apresentar um plano de abastecimento, sob pena de multa diária de R$ 100 mil. O governo também terá que elaborar uma plano de transferência para Manaus ou outros estados de pacientes da cidade.
O Twitter marcou como enganosa e potencialmente prejudicial uma publicação do Ministério da Saúde sobre o chamado “tratamento precoce” como estratégia de combate à Covid-19.
A publicação, que já foi deletada, estimulava as pessoas a procurarem uma unidade de Saúde ao apresentarem sintomas e, então, solicitarem o tratamento precoce, que, segundo cientistas, não existe para a Covid-19.
O governo federal e seus apoiadores começaram uma nova ofensiva em defesa dessas medicações sem eficácia comprovada no momento em que Manaus atravessa colapso de seu sistema de saúde, com falta de leitos e de oxigênio.
O que é o tratamento precoce?
O tratamento precoce é composto da utilização de medicamentos como cloroquina e ivermectina, que não têm eficácia comprovada contra a Covid-19, mas que são constantemente lembrados pelo governo federal como método de prevenção e cura para a doença.