segunda, 10 de fevereiro de 2025
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Polícia

Polícia Civil resgata trabalhadores em condições análogas de escravidão em São Félix do Araguaia

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Assessoria | PJC-MT

Dívidas com o patrão que nunca reduziam, comidas e bebidas insuficientes, assédios e ameaças, habitações sujas e condições sub-humanas. A Polícia Judiciária Civil encontrou essa realidade durante investigação de posse de armas de fogo, e verificação de denúncia anônima de trabalho escravo, em uma propriedade rural do município de São Félix do Araguaia. O proprietário do local foi preso em flagrante.

No momento da entrada dos policiais, na manhã de quarta-feira (08), na Fazenda Mata Verde, às margens do Rio Xavantinho, cinco trabalhadores apontaram o que possuíam para se alimentar no dia: apenas um quilo de arroz. Por “sorte” na noite anterior também puderam comer um peixe que conseguiram pescar.

A ação mobilizou policiais civis dos municípios de Confresa e São Félix do Araguaia, em cumprimento a mandado de busca e apreensão oriundo da Comarca de São Félix do Araguaia, com apoio do Grupo Armado de Resposta Rápida (Garra), de Confresa.

Prisão

O suspeito Fernando Jorge Bittencort da Silva, 61, foi preso em flagrante por redução à condição análoga de escravidão e por posse irregular de arma de fogo (foram apreendidas na propriedade, munições de calibre .36). Ele é investigado também por outros crimes, dentre eles o homicídio que vitimou um fazendeiro, no ano de 2016, e ainda por integrar uma rede de tráfico internacional de drogas.

Em março de 2017, durante deflagração da operação Zona Rural Segura, foram apreendidas diversas armas de fogo na mesma propriedade, incluindo pistolas automáticas de uso restrito das forças policiais, com carregadores alongados. Na ocasião também foi cumprido contra ele um mandado de prisão temporária. 

O suspeito possui ainda condenação de 09 anos de reclusão na Comarca de Caxias do Sul (RS) por tráfico internacional de drogas e de armas.

Dívida crescente

Os trabalhadores da Fazenda Mata Verde relataram aos policiais que não tinham a carteira de trabalho assinada e os salários estavam atrasados. Eles ainda eram constragidos a assinar recibos sobre pagamentos no valor de R$ 6 mil, no entanto, recebiam próximo de R$ 1.000.

Fernando informava aos funcionários que o restante do valor era retido por ele para pagar as dívidas que os trabalhadores contraíam ao usar a estrutura da propriedade e a alimentação que consumiam, porém nunca mostrou aos contratados notas fiscais ou detalhou as supostas dívidas. Um dos exemplos de preços abusivos que teriam sido repassados por Fernando era o da gasolina, que cobrava R$ 10, o litro.

No começo da noite, os funcionários contaram que usavam a bateria de uma motocicleta para conseguir iluminar o alojamento, distante cerca de 04km da sede da fazenda. Eles também dormiam em camas improvisadas (colchões sobre tijolos) ou redes, e não tinham acesso a banheiro. Também eram impedidos de sair do “emprego” antes de quitar todo o débito com Fernando.

Investigação

De acordo com a delegada à frente do trabalho, Lizzia Kelly Ferraro Noya, o ponto de partida para a ação na fazenda, e a representação pelo mandado de busca e apreensão, foi a fundada suspeita de que Fernando continuasse a possuir armas de fogo no local, mesmo após ações pretéritas que aprenderam armamento no local. O cumprimento do mandado foi realizado por equipe coordenada pelo delegado André Rigonato, da Delegacia de Polícia de Confresa, que também acompanha as investigações.

Os trabalhos prosseguem na Delegacia de Polícia de São Félix do Araguaia, especialmente no intuito de identificar outros trabalhadores que teriam sido submetidos à condição análoga de escravidão.

O suspeito foi encaminhado para unidade prisional (Cadeia Pública) ficando à disposição do Judiciário.

 

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Suspeito de matar mulher encontrada enrolada em cobertor em Deciolândia é preso

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A Polícia Civil cumpriu um mandado de prisão temporária de 30 dias contra o principal suspeito de ter assassinado sua companheira. O corpo da vítima foi encontrado no dia 23 de novembro do ano passado no distrito de Deciolândia, após um boletim de ocorrência ter sido registrado sobre seu desaparecimento no dia 12 do mesmo mês.

Durante as investigações, a Polícia Civil solicitou perícia da Politec, que conseguiu identificar o corpo de Kelma Dias da Silva, de 39 anos por meio de sua arcada dentária. A partir desse reconhecimento, os agentes iniciaram diligências para esclarecer o crime e chegaram a uma evidência: o cobertor em que o cadáver estava enrolado pertencia à residência do casal.

A confirmação desse detalhe veio por meio do depoimento de uma testemunha, amiga da vítima. A testemunha afirmou que, em diversas ocasiões, ajudou a retirar pertences da mulher da casa do companheiro, devido a frequentes desentendimentos entre o casal. Ao ver o cobertor, ela o reconheceu de imediato, reforçando as suspeitas sobre o homem.

Outro fator que chamou a atenção da polícia foi o comportamento do suspeito, que não comunicou o desaparecimento de sua companheira às autoridades. Além disso, a investigação revelou que ele já possuía histórico de violência doméstica contra outras mulheres.

Com base nesses elementos, a Justiça determinou a prisão temporária do suspeito, enquanto as investigações continuam para esclarecer os detalhes do crime.

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Motorista bate caminhão, cai em ribanceira e morre em Nova Marilândia

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Um motorista de 27 anos, identificado como Wilker Geneses de Souza Lima, morreu na manhã de segunda-feira (03), após o caminhão que conduzia bater em um maquinário e cair em uma ribanceira às margens da MT-480, na cidade de Nova Marilândia (103 km de Tangará da Serra).

As informações repassadas por testemunhas dão conta que Wilker subia a serra com o veículo de carga quando perdeu o controle da direção, bateu em um maquinário que estava na rodovia e caiu do barranco.

O caminhão capotou diversas vezes até parar no fundo da ribanceira. Com o impacto, o motorista não resistiu aos ferimentos e morreu preso às ferragens do veículo. O corpo dele foi encaminhado ao Instituto Médico Legal, onde passará por exames de necropsia. As causas do acidente devem ser apuradas pela Polícia Civil.

Fonte: Repórter MT

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