sábado, 15 de março de 2025
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Polícia

Polícia Civil prende envolvido em chacina decorrente de guerra entre facções

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Assessoria | PJC-MT

Um homem, apontado como um dos participantes da chacina que resultou na morte de quatro pessoas no mês de outubro em Várzea Grande, foi preso pela Polícia Judiciária Civil, na tarde de segunda-feira (17.12), após ter a ordem de prisão expedida pela Justiça com base em investigações da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP). O crime foi motivado por uma briga entre facções criminosas. 

Patrick de Oliveira Cabral, 22, conhecido como “Cabralzinho” foi identificado como um dos envolvidos nos homicídios e teve a ordem de prisão cumprida pela equipe da DHPP. Outras três pessoas também tiveram participação identificada: Thalyson Thiago Taborda Oliveira, preso em flagrante na data do ocorrido, e os suspeitos, Donato Silva Nascimento, conhecido como “Netinho” e Luiz Fernando de Oliveira Caetano Moreira, o “Dumbo”, que estão foragidos.

Os dois crimes que resultaram na morte de quatro pessoas ocorreram no dia 03 de outubro, nos bairros Água Limpa e Carrapicho, em Várzea Grande. O primeiro caso ocorreu por volta das 07 horas, quando homens armados e encapuzados invadiram uma residência no bairro Água Limpa e efetuaram vários disparos de arma de fogo, quando quatro vítimas que estavam dormindo.

Os disparos foram a queima roupa, sem qualquer chance de defesa para as vítimas. Na ocasião, Leandro Luiz de Oliveira e Felipe Melo dos Santos morreram na hora. Os outros dois homens foram feridos mas sobreviveram.

Cerca de duas horas depois do crime, duas adolescentes (de 13 e 14 anos) foram encontradas mortas na beira do rio, no bairro Carrapicho. Elas estavam com as mãos amarradas, com sinais de tortura e lesões decorrentes de disparos de arma de fogo na cabeça. Pouco tempo após o crime, um vídeo em que as duas adolescentes apareciam amarradas sendo torturadas e executadas viralizou através de aplicativos de celular.

No dia das execuções, equipes da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Várzea Grande (Derf-VG) prenderam em flagrante Thalyson Thiago Taborda Oliveira, identificado como um dos autores do primeiro crime. No momento da prisão o suspeito estava em posse de três armas de fogo, sendo uma pistola calibre 40, uma pistola 9 mm e um revólver calibre 38, além de artefatos explosivos.

No decorrer das investigações, coordenadas pelo delegado da DHPP, Frederico Murta, foi constatado que os crimes tinham ligação e que as situações estavam relacionadas com uma disputa entre membros de facções criminosas rivais. De acordo com as apurações, algumas semanas antes dos crimes, os quatro homens que foram vítimas do bando teriam atentado contra a vida de outros membros da facção rival, na cidade de Tangará da Serra.

“Após o atentado, esses criminosos fugiram para Várzea Grande. Um dia antes da chacina, o grupo rival localizou as duas garotas e as sequestram. As adolescentes foram mantidas em cárcere privado e obrigadas a apontar onde estariam os rivais. Após a localização da casa e execução do crime, as menores foram assassinadas e jogadas no rio”, explicou o delegado.

Além de Thalyson (preso em flagrante no dia do crime), as investigações da DHPP identificaram Patrick de Oliveira Cabral, o “Cabralzinho”, Donato Silva Nascimento, conhecido como “Netinho” e Luiz Fernando de Oliveira Caetano Moreira, o “Dumbo” foram identificados como possíveis envolvidos nos crimes.

Com base nos indícios de autoria, os quatro suspeitos tiveram mandados de prisão temporária expedidos pela 1ª Vara Criminal de Várzea Grande. No final da tarde de segunda-feira (17), Patrick teve a ordem de prisão cumprida pelos policiais da DHPP, quando chegava a residência da sua família no bairro Parque do Lago, em Várzea Grande.

Em virtude da grande repercussão e divulgação de informações à época, os criminosos ‘Netinho’ e ‘Dumbo’, preliminarmente identificados, estão foragidos desde então. Thalyson permanece preso pelo envolvimento nos crimes.

Em interrogatório, Patrick negou envolvimento no crime e optou por se manter em silêncio. O suspeito foi encaminhado à Penitenciária Central do Estado, onde permanecerá à disposição da Justiça.

“O inquérito policial encontra-se em fase de conclusão e ao final, os envolvidos responderão por diversos crimes, dentre eles homicídios e tentativas de homicídio, sequestro, tortura, além do indiciamento por integrarem organização criminosa”, esclareceu Frederico Murta.

 

Saiba mais: Polícia Civil identifica autores de chacina em Várzea Grande e prende executor

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Corpo de homem morto a facadas pelo ex-namorado da esposa é encontrado

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O corpo de Édimo Gomes de Lima, 25 anos, foi encontrado na noite dessa segunda-feira (10), em uma região de mata, em São José do Rio Claro. Ele foi assassinado a facadas pelo ex-namorado da esposa, na manhã de domingo (09).

A vítima dormia no momento do crime e sequer teve a chance de se defender. O criminoso ainda obrigou a ex-namorada a limpar a cena do crime. Em seguida, o assassino reuniu os objetos utilizados no crime e colocou o corpo da vítima no porta-malas do carro.

Depois disso, o assassino escondeu a moto da vítima, retornou à casa e obrigou a ex-namorada a ir com ele em direção à rodovia estadual MT-249, onde o corpo foi desovado. Em seguida, foram até um rio onde foram descartados os objetos da vítima e a arma usada no crime.

Na sequência, os dois buscaram a filha do casal e foram para um sítio, onde passaram o dia. A mulher conseguiu convencer o ex-namorado a levá-la para casa, onde contou o que tinha acontecido para a mãe e a irmã, que a aconselharam a procurar um advogado e denunciar o crime para a polícia.

Os policiais chegaram a ir até o sítio onde o autor do crime estava, mas ele conseguiu fugir para uma região de mata e está foragido.

As diligências seguem em andamento para encontrar o autor do homicídio.

Fonte: Repórter MT

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Feminicídios deixaram 89 filhos sem mães em MT em 2024

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Crianças e adolescentes órfãos do feminicídio são filhos de mulheres assassinadas em situações de violência doméstica ou por menosprezo à condição do sexo. Entre as 47 mulheres vítimas de feminicídio em Mato Grosso em 2024, 41 delas eram mães.

Os números fazem parte da análise detalhada da Diretoria de Inteligência da Polícia Civil. O relatório “Mortes Violentas de Mulheres e Meninas em Mato Grosso por razões de gênero 2024” é produzido com base nos dados dos boletins de ocorrências de homicídios e feminicídios, cruzamento de informações e em inquéritos policiais e traz o perfil das vítimas e autores dos crimes, local e meio empregado, solicitação de medidas protetivas e os efeitos da violência praticada contra mulheres e adolescentes.

Os crimes fizeram 89 órfãos do feminicídio. Dezessete deles eram filhos biológicos dos autores dos feminicídios; quatro perderam também os pais, que cometeram suicídio após assassinarem suas companheiras ou ex-companheiras.

Nove mulheres foram mortas na frente dos filhos, entre elas Gleiciane de Souza, 35 anos, assassinada na cidade de Jaciara, em setembro do ano passado. Antes de matá-la, o esposo a agrediu dentro de casa; em seguida, a arrastou para a rua e fez vários disparos contra a vítima. O crime foi cometido na frente dos filhos do casal, duas crianças de 8 e 9 anos de idade. O criminoso ainda ateou fogo no corpo da vítima.

Romper o silêncio pode fazer a diferença

A violência contra as mulheres deixa marcas em todo o círculo familiar e, muitas vezes, a única alternativa para as vítimas é tentar romper o silêncio da violência diária e buscar auxílio dos órgãos estatais.

Durante o ano de 2024, a Polícia Civil registrou 17.910 medidas protetivas de urgência, um aumento de 6% comparado ao ano anterior.

A medida protetiva, prevista no artigo 24 da Lei 11.30/2006, conhecida como Lei Maria da Penha, é um mecanismo judicial utilizado para proibir que agressores se aproximem das vítimas, seja fisicamente ou por meios eletrônicos.

Entre as 47 mulheres vítimas de feminicídio em 2024, somente uma tinha medida protetiva de urgência; 38% das vítimas já tinham sofrido violências anteriores de parceiros passados e atuais; e apenas 17% das mulheres denunciaram os autores dos assassinatos.

Os números apontam a necessidade de ampliação dos serviços públicos às mulheres que sofrem violência diária, de qualquer natureza, para que se sintam protegidas e busquem os mecanismos de denúncia e atendimento especializado.

A Lei 14.994, sancionada em outubro do ano passado tornando o feminicídio um crime autônomo e hediondo, com pena de 20 a 40 anos, prevê várias majorantes que podem ampliar a pena para o autor do delito e o descumprimento das medidas protetivas de urgência é uma delas.

Em 2024, o número de descumprimento da medida judicial alcançou 7% a mais na comparação com o ano anterior, chegando a 3.171 registros contra 2.904 de 2023.

Acolhimento

Além do atendimento e acolhimento às mulheres nas unidades especializadas instaladas em oito cidades-polo do estado e 24 núcleos especializados em delegacias do interior, a Polícia Civil conta com uma ferramenta digital criada há quatro anos, o aplicativo SOS Mulher MT.

O sistema reúne a solicitação de medidas protetivas online, botão do pânico virtual para auxiliar e apoiar vítimas de violência doméstica.

A criação do sistema contou com a colaboração do Tribunal de Justiça e da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp). O aplicativo permite acesso a outras funcionalidades, como telefones de emergência, denúncias e a Delegacia Virtual.

Pelo endereço sosmulher.pjc.mt.gov.br a vítima pode solicitar a medida protetiva de urgência online, sem a necessidade de se deslocar até uma delegacia.

O aplicativo permite ainda que a mulher tenha acesso ao Botão do Pânico, um pedido de socorro no formato virtual, que pode ser acionado quando o agressor descumpre a medida protetiva. No ano passado foram deferidos 5.223 pedidos do Botão de Pânico.

Ao acionar o serviço, o pedido chega ao Centro Integrado de Operações de Segurança Pública, que enviará a viatura mais próxima em socorro à vítima. Entre janeiro e dezembro de 2024, o botão foi acionado 649 vezes nas cidades de Cuiabá, Rondonópolis, Várzea Grande e Cáceres.

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