Cidades
Painel de Saúde na Marcha trata de atenção primária, teto de gastos e financiamento do SUS
O debate Transferência de recursos federais aos Municípios encerrou a arena temática de Desenvolvimento Social na XXII Marcha, nesta quarta-feira, 10 de abril. A necessidade urgente de maior participação da União e dos Estados no financiamento da saúde pública constou entre os principais tópicos.
A redução no custeamento foi exemplificada pelo presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde e secretário municipal de Saúde de Carmo de Minas (MG), Mauro Junqueira. “Em 1993, o governo federal arcava com 72% dos serviços de saúde. Em 2018, isso foi cerca de 40%”, comparou.
Com isso, o peso maior dos custos fica a cargo dos Municípios, que já pagam mais do que o percentual exigido por lei. Segundo Junqueira, no ano passado, os Entes municipais custearam R$ 31 bilhões acima do mínimo constitucional. Assim, ele cobra que o pacto federativo seja discutido com urgência.
A Emenda Constitucional 95/2016, do teto de gastos públicos, também ganhou destaque no painel. O presidente do Conselho Nacional de Saúde, Fernando Zasso Pigatto, afirmou que é preciso atuar no Congresso Nacional para revisar o congelamento em relação à saúde. “A dose foi desproporcional. Não tem como ter um Sistema Único de Saúde (SUS) funcionando com desfinanciamento”, ponderou.
Coordenador de Sistemas e Serviços de Saúde da Representação da OPAS/OMS no Brasil, Renato Tasca, também questionou a maneira como está sendo financiado o SUS. “Nenhuma melhora de eficiência consegue resolver o subfinanciamento do Sistema Único de Saúde”, avaliou
Transferências
Diretor-executivo do Fundo Nacional de Saúde (FNS), Dárcio Guedes Júnior, destacou que o fundo transfere um montante de cerca de R$ 8 bilhões por mês. “A maior parte são de repasses obrigatórios.”
Para o subsecretário de Planejamento e Orçamento do Ministério da Saúde, Arionaldo Rosendo, houve melhoras no sistema de transferência de recursos para os Municípios. Ele afirma que a gestão financeira está mais flexível, uma vez que os recursos repassados em conta única podem ser remanejados de acordo com o fluxo de pagamento.
Atenção primária
Entre as propostas apresentadas pelo Ministério da Saúde, figuram a ampliação da participação federal nas despesas da atenção primária e a alocação equitativa de recursos. Atualmente, 16% do orçamento total da pasta é para atenção primária.
A prefeita de São Cristóvão do Sul (SC), Sisi Blind, cobrou que a União assuma suas responsabilidades. “Se o governo federal fizer sua parte, poderemos atuar melhor na atenção primária. Como está hoje, nós temos que nos desdobrar para fazer também a média e alta complexidade”, explicou.
Mudanças no programa Mais Médicos e dificuldades no uso de recursos por parte de consórcios na área de saúde foram apresentados por participantes do debate. Representantes do ministério responderam, no painel, que está previsto um novo edital para o programa ainda em abril. Em relação aos consórcios, o diretor-executivo do Fundo Nacional de Saúde (FNS) reconheceu que há necessidade de debater a questão.
Cidades
Nasce em Rondonópolis bebê de grávida mantida viva por aparelhos após morte cerebral
Nasceu na manhã desta sexta-feira (24), o bebê da jovem Joyce Sousa Araújo, de 21 anos, que estava sendo mantida viva por aparelhos na Santa Casa de Rondonópolis, a 456 km de Tangará da Serra, após ter sofrido um aneurisma e ter morte cerebral decretada, no dia 1º de janeiro.
O bebê é um menino. Ele nasceu com 900 gramas e foi encaminhado para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal. Já os aparelhos que mantinham a mãe viva foram desligados. A cirurgia foi acompanhada pelo pai da criança, João Matheus Silva, de 23 anos, e pelos avós paternos.
A previsão era de retirar o bebê em fevereiro, quando Joyce completaria sete meses de gestação, no entanto, ela teve uma complicação respiratória e a equipe médica decidiu antecipar o parto.
O corpo da mãe está sendo preparado para ser transferido para Tocantins, estado onde o casal vivia antes de se mudaram para Mato Grosso.
De acordo com o obstetra Pedro Luiz Silva, um dos médicos que acompanhou o caso de perto, o bebê é considerado ‘prematuro extremo’ e, por isso, deve permanecer algumas semanas ou meses na UTI.
Entenda o caso
No dia 20 de dezembro de 2024, Joyce passou mal em Jaciara, a 148 km da capital. Ela foi para o hospital do município e após desmaiar e o quadro piorar, foi internada.
Em poucos dias, Joyce foi transferida para Rondonópolis e passou por uma cirurgia. Nos dias seguintes, o cérebro dela começou a inchar, sendo necessário um procedimento médico em que parte do crânio é removido para abrir espaço para o cérebro. Apesar dos esforços dos profissionais, Joyce teve a morte cerebral decretada no dia 1° de janeiro.
Fonte: G1/MT
Cidades
Com morte cerebral, grávida é mantida viva para salvar bebê em Jaciara
A gestante Joyce Souza de Araújo, de 21 anos, teve sua morte cerebral constatada após sofrer a ruptura de aneurisma não diagnosticado, no dia 1º de janeiro em Jaciara. Joyce é natural de Araguaína (TO), e se mudou com o esposo e as filhas de 7 e 3 anos para Mato Grosso em julho de 2024.
João Matheus Barbosa da Silva, de 23 anos, esposo de Joyce, relatou que ela fazia acompanhamento gestacional na cidade e até o fatídico dia, nada indicava que houvesse alguma condição anormal em seu cérebro.
No dia 20 de dezembro de 2024, segundo ele, Joyce, que estava grávida de 5 meses, acordou, se arrumou para pegar os exames de rotina no hospital, mas começou a sentir muitas dores de cabeça. Assim, eles pediram uma corrida por aplicativo, e quando chegaram à unidade de saúde, ela desmaiou.
“Ela perdeu os sentidos, já não respondia. Os médicos confirmaram que ela não respondia, então ligaram para Rondonópolis, no Hospital Santa Casa, e conseguiram uma vaga para ela na UTI, só tinha uma vaga. Quando chegou lá, eles constataram que tinha rompido o aneurisma, que ninguém sabia”, disse João.
“Nos dias seguintes ela não melhorou, fizeram uma cirurgia, mas uns dias depois nos novos exames, por volta do dia 1º de janeiro, os médicos deram a morte cerebral”. Após isso, os médicos decidiram manter Joyce viva pelos aparelhos, para que a gestação continue e o parto seja realizado o mais próximo do sétimo mês.
“Eu conversei com médico aqui hoje, agora há pouco. Ele falou que pode ter a possibilidade de acontecer antes, de ter alguma infecção nela e precisar tirar antes o bebê, mas também pode acontecer depois. Se ela tiver bem, vamos tentar aguentar chegar pelo menos ao sétimo mês”, informou João.
“Eu vou ter que levar ela, mas eu vou ter que voltar, porque o bebê vai ficar aqui no hospital, no enturbador. Eu vou ter que voltar, ficar cuidando dele, mas eu vou ter continuar trabalhando. Sei que não vai ser fácil, mas vou ter que ter força”.
Com a morte cerebral constatada, a família de Joyce abriu uma vaquinha para que, quando os aparelhos sejam desligados, o corpo dela seja transladado para sua cidade natal, no Tocantins. O valor necessário, segundo ele, é de R$ 22 mil.
Entretanto, como a família espera que o bebê nasça prematuro, a quantia arrecadada também será destinada aos cuidados do recém-nascido, que precisará ficar entubado na UTI neonatal da Santa Casa.
O Pix para receber as doações é 636.426.643-69, em nome de Bela Borges da Silva, irmã de João.
Fonte: Mídia News
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