quarta, 19 de março de 2025
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Polícia

Operação contra facção criminosa que atua na região de Cáceres é deflagrada pela Polícia Civil

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Assessoria | PJC-MT

A Delegacia Especial de Fronteira (DEFRON), da Polícia Judiciária Civil, com apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Grupo Especial de Fronteira – GEFRON, 6º Comando Regional de Polícia Militar de Cáceres, Delegacia Regional de Cáceres e Sistema Penitenciário, desencadeou na manhã desta sexta-feira (30), a Operação “Organización”, onde foram cumpridos 29 mandados de prisão preventiva e 06 mandados de busca e apreensão domiciliar contra integrantes de uma facção criminosa que atuava na região da grande Cáceres.

Os trabalhos investigativos duraram seis meses e apontaram que a organização criminosa era formada em sua maioria por reeducandos de unidades prisionais do município.

A delegada de polícia Cinthia Gomes da Rocha Cupido, titular da DEFRON, coordenou as investigações. “Por meio de um trabalho técnico e intenso foi possível apontar o papel de cada membro dessa facção criminosa que está por trás da prática de crimes como roubo, tráfico de drogas, furtos, receptação, etc. Eles realizavam ‘filiação/batismo’, inclusive com números de suas respectivas matrículas, para a prática de diversos delitos”.

Restou comprovado no transcorrer das investigações que as ordens partiam de lideranças presas em Cáceres e eram repassadas para o “Conselho Final” da rua, que na hierarquia da organização, detinham maior poder de comando junto às lideranças intermediárias, intituladas como “vozes finais”, que repassavam as “ordens/visão” aos “disciplinas”, que executavam do lado de fora os crimes.

Em procedimento de busca realizado no interior da Cadeia de Cáceres foi possível identificar a logística da facção. Abaixo de uma beliche – apelidada de “jega” – foi apreendido material farto da contabilidade de entrada e saída de dinheiro da caixinha e movimentação capitaneadas pelas “lojinhas/biqueiras” (bocas de fumo), que tinham como regra o fato de que os “boqueiros” só podiam fazer a aquisição de drogas de membros da própria facção ou por eles indicados, bem como, tabelavam o preço da droga a ser revendida.

A delegada Cinthia Cupido reforça que todas as lideranças, da maior a menor, foram presas durante a operação, que tem como principal vertente, impedir o crescimento e ramificações da facção em outras regiões”.

Os membros da organização criminosa possuíam funções específicas, com tarefas definidas, visando ganhar dinheiro para manterem a organização, com compra de armas e drogas para revenda, bem como proporcionar aos integrantes da facção , defesa jurídica durante Fase Processual.

Durante a operação foi presa uma advogada que atua em Cáceres e que, segundo as investigações, possui vínculo com integrantes da organização criminosa que ultrapassam os limites da relação advogado-cliente. A mulher de de 26 anos vai responder pelos crimes de falsa comunicação de crime, organização criminosa, associação para o tráfico, estelionato e roubo (por realizar, entre outros atos, levantamentos carros de luxo/caminhonetes que avistava em ambientes da alta sociedade e repassar à facção). Um representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), acompanhou o cumprimento do mandado. 

A Operação “Organización” mobilizou cerca de 50 Policiais, e foram utilizadas 12 viaturas.

Os presos foram autuados pelos crimes de organização criminosa, Lei nº 12.850/2013, cuja pena varia de 03 a 08 anos), associação e tráfico de drogas, com pena prevista de 05 a 15 anos, roubo e estelionato, além de falsa comunicação de crime,

Os detidos permanecem à disposição da Justiça, reclusos na Cadeia Pública de Cáceres.

 

 

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Corpo de homem morto a facadas pelo ex-namorado da esposa é encontrado

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O corpo de Édimo Gomes de Lima, 25 anos, foi encontrado na noite dessa segunda-feira (10), em uma região de mata, em São José do Rio Claro. Ele foi assassinado a facadas pelo ex-namorado da esposa, na manhã de domingo (09).

A vítima dormia no momento do crime e sequer teve a chance de se defender. O criminoso ainda obrigou a ex-namorada a limpar a cena do crime. Em seguida, o assassino reuniu os objetos utilizados no crime e colocou o corpo da vítima no porta-malas do carro.

Depois disso, o assassino escondeu a moto da vítima, retornou à casa e obrigou a ex-namorada a ir com ele em direção à rodovia estadual MT-249, onde o corpo foi desovado. Em seguida, foram até um rio onde foram descartados os objetos da vítima e a arma usada no crime.

Na sequência, os dois buscaram a filha do casal e foram para um sítio, onde passaram o dia. A mulher conseguiu convencer o ex-namorado a levá-la para casa, onde contou o que tinha acontecido para a mãe e a irmã, que a aconselharam a procurar um advogado e denunciar o crime para a polícia.

Os policiais chegaram a ir até o sítio onde o autor do crime estava, mas ele conseguiu fugir para uma região de mata e está foragido.

As diligências seguem em andamento para encontrar o autor do homicídio.

Fonte: Repórter MT

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Feminicídios deixaram 89 filhos sem mães em MT em 2024

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Crianças e adolescentes órfãos do feminicídio são filhos de mulheres assassinadas em situações de violência doméstica ou por menosprezo à condição do sexo. Entre as 47 mulheres vítimas de feminicídio em Mato Grosso em 2024, 41 delas eram mães.

Os números fazem parte da análise detalhada da Diretoria de Inteligência da Polícia Civil. O relatório “Mortes Violentas de Mulheres e Meninas em Mato Grosso por razões de gênero 2024” é produzido com base nos dados dos boletins de ocorrências de homicídios e feminicídios, cruzamento de informações e em inquéritos policiais e traz o perfil das vítimas e autores dos crimes, local e meio empregado, solicitação de medidas protetivas e os efeitos da violência praticada contra mulheres e adolescentes.

Os crimes fizeram 89 órfãos do feminicídio. Dezessete deles eram filhos biológicos dos autores dos feminicídios; quatro perderam também os pais, que cometeram suicídio após assassinarem suas companheiras ou ex-companheiras.

Nove mulheres foram mortas na frente dos filhos, entre elas Gleiciane de Souza, 35 anos, assassinada na cidade de Jaciara, em setembro do ano passado. Antes de matá-la, o esposo a agrediu dentro de casa; em seguida, a arrastou para a rua e fez vários disparos contra a vítima. O crime foi cometido na frente dos filhos do casal, duas crianças de 8 e 9 anos de idade. O criminoso ainda ateou fogo no corpo da vítima.

Romper o silêncio pode fazer a diferença

A violência contra as mulheres deixa marcas em todo o círculo familiar e, muitas vezes, a única alternativa para as vítimas é tentar romper o silêncio da violência diária e buscar auxílio dos órgãos estatais.

Durante o ano de 2024, a Polícia Civil registrou 17.910 medidas protetivas de urgência, um aumento de 6% comparado ao ano anterior.

A medida protetiva, prevista no artigo 24 da Lei 11.30/2006, conhecida como Lei Maria da Penha, é um mecanismo judicial utilizado para proibir que agressores se aproximem das vítimas, seja fisicamente ou por meios eletrônicos.

Entre as 47 mulheres vítimas de feminicídio em 2024, somente uma tinha medida protetiva de urgência; 38% das vítimas já tinham sofrido violências anteriores de parceiros passados e atuais; e apenas 17% das mulheres denunciaram os autores dos assassinatos.

Os números apontam a necessidade de ampliação dos serviços públicos às mulheres que sofrem violência diária, de qualquer natureza, para que se sintam protegidas e busquem os mecanismos de denúncia e atendimento especializado.

A Lei 14.994, sancionada em outubro do ano passado tornando o feminicídio um crime autônomo e hediondo, com pena de 20 a 40 anos, prevê várias majorantes que podem ampliar a pena para o autor do delito e o descumprimento das medidas protetivas de urgência é uma delas.

Em 2024, o número de descumprimento da medida judicial alcançou 7% a mais na comparação com o ano anterior, chegando a 3.171 registros contra 2.904 de 2023.

Acolhimento

Além do atendimento e acolhimento às mulheres nas unidades especializadas instaladas em oito cidades-polo do estado e 24 núcleos especializados em delegacias do interior, a Polícia Civil conta com uma ferramenta digital criada há quatro anos, o aplicativo SOS Mulher MT.

O sistema reúne a solicitação de medidas protetivas online, botão do pânico virtual para auxiliar e apoiar vítimas de violência doméstica.

A criação do sistema contou com a colaboração do Tribunal de Justiça e da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp). O aplicativo permite acesso a outras funcionalidades, como telefones de emergência, denúncias e a Delegacia Virtual.

Pelo endereço sosmulher.pjc.mt.gov.br a vítima pode solicitar a medida protetiva de urgência online, sem a necessidade de se deslocar até uma delegacia.

O aplicativo permite ainda que a mulher tenha acesso ao Botão do Pânico, um pedido de socorro no formato virtual, que pode ser acionado quando o agressor descumpre a medida protetiva. No ano passado foram deferidos 5.223 pedidos do Botão de Pânico.

Ao acionar o serviço, o pedido chega ao Centro Integrado de Operações de Segurança Pública, que enviará a viatura mais próxima em socorro à vítima. Entre janeiro e dezembro de 2024, o botão foi acionado 649 vezes nas cidades de Cuiabá, Rondonópolis, Várzea Grande e Cáceres.

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