Economia
Números do PIB indicam concentração de renda em Mato Grosso
Segundo estudo publicado neste mês de dezembro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Mato Grosso possui 20 municípios com PIB per capita acima de R$ 60 mil. O valor é o dobro da média nacional, que é de R$ 30,4 mil, e retrata uma característica marcante da economia de regiões onde a agropecuária predomina: a concentração de renda.
Os números do IBGE constam no estudo “PIB dos Municípios” e tem como base o ano de 2016.
Esta abordagem não tem por objetivo atribuir um aspecto negativo à agropecuária. Trata-se, tão somente, de uma análise onde a constatação é de que, apesar da sua importância na balança comercial do país, a maior parte da riqueza gerada no setor fica concentrada nas mãos de uma pequena parcela da população.
Conforme já publicado neste portal, o estado possui seis municípios – Campos de Júlio, Santa Rita do Trivelato, Nova Ubiratâ, Sapezal, Diamantino e Alto Taquari – no ranking dos 50 maiores PIBs per capita do país. Todos eles são municípios com populações pequenas, entre 3,3 mil habitantes (Santa Rita) e 21 mil habitantes (Diamantino), mas com renda per capita entre R$ 104 mil e R$ 202 mil.

Cercada por lavouras e com 3,3 mil habitantes, a pequena Santa Rita do Trivelato detém uma dos maiores PIBs per capita do Brasil
Seus PIBs globais registram participação acentuada da agropecuária, que representa o maior peso – quase sempre mais da metade do produto interno bruto – em suas economias.
Segundo o economista, engenheiro e professor universitário Silvio Tupinambá, da Unemat de Tangará da Serra, a concentração de renda é normal onde há grandes áreas de lavouras. “O setor primário não oferece altos salários e é concentrador de renda. Em Mato Grosso esta característica é acentuada em razão da estrutura fundiária, marcada pela ocorrência de latifúndios”, explica.

Concentração de renda é normal onde há grandes áreas de lavouras
O economista observa que no quesito geração de empregos, a agricultura apresenta ciclos de contratações, como no plantio e na colheita (safras). Por outro lado, vale salientar que estes ciclos ficaram menos esparsos em função da safrinha e do uso da terra para outras culturas.
Tupinambá ressalta, porém, que estas características não atribuem um espectro de vilania ou nocividade ao setor produtivo. “A agropecuária é responsável pelos sucessivos superávits na balança comercial brasileira”, sublinha.
Distribuição
Um detalhe que chama atenção é que neste rol privilegiado de municípios de alta renda per capita não figuram a capital do estado, nem os municípios polo.
Rondonópolis, por exemplo, detém o segundo maior PIB de Mato Grosso e registra uma renda per capita de R$ 43 mil, figurando na 36ª colocação no ranking estadual e no 462º lugar no ranking nacional. A cidade polo do sul do estado conta com um PIB global de R$ 9,4 bilhões, do qual os setores de indústria, comércio e serviços respondem por quase R$ 7 bilhões. No contexto econômico rondonopolitano, a participação da agropecuária é de apenas R$ 288 milhões, o equivalente a 3% da sua economia global.

Tangará da Serra, polo da região sudoeste e parte do Chapadão: Indústria, comércio e serviços respondem por mais da metade (R$ 1,78 bi) da economia
Já Tangará da Serra, polo da região sudoeste e parte do Chapadão dos Parecis, tem um PIB global de R$ 2,96 bilhões, dos quais a indústria e os segmentos de comércio e serviços respondem por mais da metade (R$ 1,78 bi) da economia, enquanto a agropecuária contribui com R$ 342 milhões (11,5%). Tangará da Serra, vale lembrar, registra uma renda per capita de R$ 30,6 mil, que ainda está acima da média nacional.
A capital Cuiabá, com o maior PIB global do estado – R$ 22,2 bilhões – e uma renda per capita de R$ 37,9 mil, também apresenta boa distribuição de renda. A explicação está na grande movimentação no comércio e na prestação de serviços. Estes segmentos respondem por mais da metade (R$ 12,3 bilhões) do PIB da capital do estado, enquanto indústria, setor público e impostos/subsídios respondem, juntos e com pesos semelhantes, pelo restante. A agropecuária tem um peso ínfimo na economia cuiabana.

Cuiabá, com o maior PIB global do estado – R$ 22,2 bilhões – e uma renda per capita de R$ 37,9 mil, também apresenta boa distribuição de renda
Fatores
Para Silvio Tupinambá, o primeiro fator que reflete diretamente na ampliação do PIB é a logística. O segundo é a indústria e, na sequência, comércio e serviços. “Com estes fatores combinados uma cidade, estado ou país agrega valor e verticaliza sua economia”, disse.
O professor cita como exemplo a Ferrogrão (Ferrovia EF-170), cuja construção será iniciada em curto prazo para ligar o seio da produção mato-grossense ao porto de Miritituba, no Pará. Ele também cita a importância da pavimentação da MT-339, entre Tangará da Serra e Panorama, que servirá de importante via de escoamento da produção agropecuária da região sudoeste e do Chapadão dos Parecis até as futuras instalações do porto de Cáceres.
Silvio Tupinambá prevê que esta movimentação atrairá novos investimentos privados, com instalação de empresas e seus segmentos correlatos. “Muita coisa vai mudar no estado com estas novidades logísticas. A economia crescerá e mais emprego e renda chegarão aos mato-grossenses”, concluiu.

Economia
Petrobras anuncia aumento do diesel
A Petrobras anunciou um aumento de R$ 0,22 no preço do litro do diesel para as distribuidoras, elevando o valor médio para R$ 3,72 a partir de 1º de fevereiro. A estatal justificou a alta pela defasagem dos preços internos em relação ao mercado internacional, que estaria entre 14% e 17%, segundo a Abicom (Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis).
Além do reajuste da Petrobras, o diesel também será impactado pelo aumento do ICMS, que subirá R$ 0,06 por litro, passando para R$ 1,12. A medida, aprovada no ano passado, entra em vigor no mesmo dia e contribui para a alta nos preços.
O mercado vinha pressionando a estatal pelo reajuste, temendo uma intervenção governamental semelhante à do governo Dilma Rousseff, quando a contenção artificial dos preços gerou um prejuízo estimado de R$ 100 bilhões à Petrobras.
Fonte: Repórter MT
Cidades
Com a maior produção do país, MT tem 9,5 vezes mais cabeças de gado do que gente
Mato Grosso é o estado com a maior produção de bovinos no país, com 9,5 vezes mais cabeças de gado do que habitantes, conforme os dados divulgados pela mais recente Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estado é líder na produção entre os estados brasileiros desde 2004, seguido pelo Pará e Goiás, respectivamente.
Segundo o estudo, o rebanho bovino de Mato Grosso aumentou 5,6%, passando de 32.424.958 cabeças de gado, em 31 de dezembro de 2021, para 34.246.313, na mesma data de 2022.
Se comparado com o número de habitantes (3.658.813), o estado possui mais de 9 cabeças de gado por pessoa.
De acordo com a analista da PPM, Mariana Oliveira, a produção de bovinos tem aumentando no Brasil desde 2019, por causa dos bons preços da arroba e do bezerro vivo.
“Houve um processo de retenção de fêmeas para reprodução, devido aos preços mais atrativos. Mas a expectativa é de que a alta dos preços tenha se encerrado em 2022, quando observamos, também, aumento no abate de fêmeas”, aponta.
Fonte: G1
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