sexta, 16 de maio de 2025
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Livro infantil que conta história sobre plantio direto será lançado em feira no PR

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O susto com a cor vermelha do rio que corre perto de casa levou três crianças a questionarem o pai agricultor sobre o que estava acontecendo. Curiosas, elas descobriram que a vermelhidão da água foi causada pela terra arada sem proteção e levada pela chuva.

Os irmãos aprenderam com o pai que havia outra maneira de plantar sem agredir o solo e começaram um trabalho de conscientização dos produtores vizinhos. O final dessa história pode ser conhecida no livro “O Mistério do Ribeirão Vermelho”, primeira obra do país a tratar sobre a história das práticas agrícolas sustentáveis para o público infantil.

Inspirado na trajetória de Herbert Bartz, agricultor pioneiro na América Latina na adoção do que mais tarde foi chamado de sistema de plantio direto, o livro tem o objetivo de conscientizar, de forma lúdica e didática, alunos do ensino fundamental sobre o respeito à natureza e a conservação do meio ambiente.

A história de como Bartz introduziu o plantio direto na palha no início da década de 70, no interior do Paraná, foi contada na biografia “ O Brasil Possível”, escrita pelo jornalista Wilhan Santin e lançada no ano passado. Depois da boa repercussão entre os agricultores, pesquisadores e o público em geral, a obra foi adaptada pelo mesmo autor para as crianças de 5 a 12 anos e será lançada nesta sexta-feira (8), em Cascavel (PR).

“Era para ser uma cartilha, mas acabou virando um livrinho. Vemos como um marco para a educação e para mostrar o que a agricultura faz de bom”, disse Marie Bartz, bióloga e filha do pioneiro do plantio direto.

Plantio direto

Marie, que é representada por uma das crianças do livro, explica que a técnica descoberta pelo pai se baseia em três pilares, hoje reconhecidos pela Organização das Nações Unidas como princípios básicos da agricultura conservacionista: mínimo revolvimento, manutenção permanente de cobertura e a rotação de cultura atrelada à adubação.

“Nós somos uma referência para o mundo. Quando o produtor atende a esses pilares, a gente consegue uma agricultura mais sustentável e mais resiliente, equilibrada, que não fica tão dependente das intempéries ambientais, como a seca”, explicou Marie.

Pelo sistema do plantio direito, o agricultor utiliza processos que não revolvem totalmente a terra no momento da semeadura para não degradar o solo nem atingir o lençol freático. São utilizadas palhas para manter o solo úmido, reter nutrientes e atrair a presença de minhocas, que contribuem para aumentar a fertilidade.

A técnica, considerada a primeira revolução das práticas agrícolas no Brasil, também diminui o uso de máquinas e tratores reduzindo, assim, a emissões de gases do efeito estufa na atmosfera. O plantio direto hoje é uma das principais tecnologias que integram o Plano da Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC).

O plantio direto pode ser aplicado em propriedades de pequeno, médio ou grande porte. Também há experimentos na agricultura orgânica e é adaptável a diferentes culturas, como café, cana de açúcar, hortaliças, entre outros. A Federação Brasileira de Plantio Direito e Irrigação estima que 60% dos produtores já utilizam plantio direto no Brasil.

A bióloga ressalta, no entanto, que ainda é preciso melhorar a qualidade do sistema, principalmente com relação à rotação das culturas, que nem sempre traz retorno econômico imediato ao produtor. Marie acredita que o livro pode contribuir para difundir o conceito do plantio direto, principalmente onde predomina a tradição de práticas antigas.

Parte das edições do livro será distribuída na rede de ensino de Rolândia e Londrina (PR), região onde a técnica nasceu. Depois do lançamento, a versão em PDF do livro ficará disponível para download gratuito no site da Febrapdp em português, espanhol, francês, alemão e inglês.

Segundo Marie, o objetivo é produzir no futuro novos volumes para dar continuidade à história do Ribeirão Vermelho com outros conceitos e técnicas da agricultura sustentável.

Lançamento

A produção do livro “O Mistério do Ribeirão Vermelho” contou com o apoio da Itaipu Binacional e da Federação Brasileira de Plantio Direito e Irrigação. O lançamento ocorrerá durante a programação da 31ª edição do Show Rural Coopavel e terá a participação da ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Tereza Cristina.

Acompanhada dos secretários de Agricultura Familiar e Cooperativismo, Fernando Schwanke; de Aquicultura e Pesca, Jorge Seif Júnior, e de autoridades locais, a ministra desembarca na manhã desta sexta-feira (8) em Cascavel para visitar a feira, acompanhar o lançamento de tecnologias da Embrapa, entre outras atividades do evento.

O Show Rural Coopavel é um dos maiores eventos de agronegócio do país que reúne centenas de empresas e entidades. A feira destaca iniciativas de inovação tecnológica, novas pesquisas sobre desenvolvimento de técnicas de produção sustentável e de saúde animal, entre outros assuntos relacionados à agropecuária.

Mais informações à imprensa:Coordenação-geral de Comunicação Social
Debora Brito
[email protected]

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Após “luta” de 1h30, jaú de 150 kg é pescado e solto novamente no rio em Tangará

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Foto: G1

Uma “luta” travada entre pescador e peixe levou cerca de uma hora e meia. Mas não era qualquer peixe. O animal em questão trata-se de um jaú que pesa cerca de 150 quilos. Essa história, que não é conversa de pescador, aconteceu em Tangará da Serra no rio Sepotuba e foi destaque no noticiário de Mato Grosso.

O empresário Lucas Torrente e seus amigos é que pescaram o jaú de 150 kg. Entre fisgar o bicho e levá-lo ate um barranco, se passaram uma hora e meia. Depois de toda essa peleia, o peixão foi solto e voltou para as águas do Sepotuba.

De acordo com o biólogo da Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat), Valdo Troy, em entrevista concedida ao portal G1, um peixe deste peso é uma exceção e tem um papel essencial, que é controlar a população de peixes.

“Seria humanamente impossível brigar sozinho com um peixe daquele tamanho. Foi essencial a experiência junto com meus parceiros, porque o jaú é um peixe muito forte”, disse Lucas, que fisgou o bicho, ao portal. “Ele passava tranquilamente uns 150 kg. Se a gente submetesse ele a uma balança, poderia machucá-lo. Então, nós o soltamos e a dúvida ficou”, completou.

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FRANGO/CEPEA: Demanda externa cresce; preços sobem no Brasil

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Cepea, 08/04/2022 – A maior demanda internacional pela carne de frango motivou altas nos preços domésticos da proteína, segundo informações do Cepea. Com menor disponibilidade interna de muitos produtos, como peito e filé, vendedores seguem elevando as cotações, buscando garantir a margem frente ao custo de produção ainda alto. Além das exportações, o período de início de mês, com o recebimento do salário por parte da população, também favoreceu as altas nos preços. De acordo com dados da Secex, 385 mil toneladas de carne de frango foram exportadas em março, quantidade 13,3% acima da observada em fevereiro e ainda 4,8% maior que a exportada em março/21. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)

Fonte: CEPEA

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