terça, 10 de dezembro de 2024
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Lambadão é reconhecido como movimento cultural e musical

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Foto: WIDSON OVANDO DO NASCIMENTO

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Consultoria Legislativa

Agora é lei. O lambadão, ritmo mato-grossense que anima muitas festas e representa a criatividade e expressão artística da baixada cuiabana, foi oficialmente reconhecido como movimento cultural e musical de caráter popular. A Lei n• 10.809/2019, de autoria do deputado Guilherme Maluf (PSDB), foi sancionada pelo governador e publicada no Diário Oficial nesta terça-feira (15).

Pela nova lei, compete ao Poder Público assegurar a esse movimento a realização de suas manifestações próprias, como festas, bailes, shows, reuniões e festivais, sem quaisquer regras discriminatórias e nem diferentes das que regem outras manifestações da mesma natureza.

Proíbe ainda qualquer tipo de discriminação ou preconceito, seja de natureza social, racial, cultural ou administrativa contra o movimento ou seus integrantes. “Cantores, músicos e dançarinos são agentes da cultura popular, e como tal, devem ter seus direitos respeitados”, afirma o autor da lei, Guilherme Maluf.

A nova legislação, segundo o deputado, oficializa o que na prática já está consolidado. “Entendemos que o lambadão é o ritmo da baixada cuiabana por excelência, já que a juventude desta importante região vive em seu cotidiano a música e a dança. Sou cuiabano e tenho orgulho da nossa cultura, por isso faço questão de trabalhar pela sua valorização”, ressaltou o deputado.

Conforme texto do projeto, na definição de movimento cultural e musical de caráter popular, inclui-se não apenas a música, mas também a forma de execução, os instrumentos, as danças e as coreografias do lambadão.

No ano passado, logo após a apresentação do projeto, integrantes da banda Erre Som estiveram no gabinete do deputado para agradecer a iniciativa. “Fizemos questão de vir aqui pessoalmente agradecer ao deputado Maluf pela apresentação deste projeto, que reconhece o verdadeiro valor do lambadão”, disse Ronny, vocalista da banda.

Ronaldo Soares, tecladista e vocalista, lembrou que a nova lei fortalecerá o estilo musical e contribuirá para sua difusão. “Muito legal a iniciativa, esse reconhecimento é muito importante. Afinal, o lambadão faz parte da cultura mato-grossense”, disse.

O músico também considerou fundamental a inclusão do artigo que busca coibir discriminação ou preconceito contra o movimento. “O lambadão ainda enfrenta preconceito. Assim como o funk, ele sempre foi visto como um ritmo musical e de dança da periferia. Hoje o funk se popularizou e é aceito por todas as classes sociais. Esperamos que isso também aconteça com o lambadão”, declarou.

Memória

Em sua monografia focada no lambadão, o jornalista e documentarista Dewis Caldas cita as influências musicais absorvidas pelo lambadão mato-grossense: a lambada paraense e o rasqueado que, por sua vez, tem influência da polca paraguaia. No Pará, a lambada fazia sucesso nas periferias e nos garimpos. Muitos garimpeiros que não prosperaram naquele estado, foram para estados vizinhos em busca do ouro. Mato Grosso recebeu muitos grupos, especialmente nas cidades de Poconé, Rosário Oeste e Várzea Grande.

Uma pessoa que teve influência desses garimpeiros que trocaram o Pará por Mato Grosso foi Chico Gil, falecido em 2000, mas até hoje considerado o Rei do Lambadão. Nascido Francisco da Guia Souza na cidade de Poconé em 10 de setembro de 1956, Chico Gil foi carpinteiro, pedreiro e mestre de obras. Por volta de 1986 passou a trabalhar com o garimpo em Poconé, sendo garimpeiro de filão.

É dele o mérito de ter popularizado o gênero em Mato Grosso. Seu primeiro sucesso foi “Ei, amigo”, a primeira música que atingiu grande alcance na capital. Clederley Roberto de Souza, filho mais velho do cantor, afirma que “quando papai cantava os garimpeiros e filãozeiros se sentiam realizados, pois ali estava alguém que representava a música favorita desses trabalhadores”.

Segundo o músico e video-maker, Eduardo Ferreira, a expressão Lambadão foi usada pela primeira vez em 1997, pelo cantor e compositor Zé Moraes, da banda Estrela Dalva, ao ser perguntado que tipo de música era aquela. A Banda Estrela Dalva ganhou destaque no início do lambadão com hits como “Vou Dançar Com Essa Menina”, “Lambadão de Poconé” e “Você é Minha”, que vendeu 20 mil CDs em um mercado em que a média de vendagens era de 3 mil cópias.

No início da década de 90, a banda Os Maninhos teve grande sucesso, sendo a primeira grande banda de lambadão reconhecida no estado, chegando a levar multidões para os shows em Cuiabá e Várzea Grande. Outra banda de sucesso foi a Styllus Pop Som, primeiro grupo a gravar o sucesso “Toque Toque DJ”, que ganhou as rádios do país e levou o lambadão mato-grossense (também chamado de lambadão cuiabano) a ser reconhecido em todo o Brasil.

O pesquisador e músico Guapo, no seu livro de pesquisas musicais no Centro Oeste, “Remedeia co que Tem”, fala sobre esse momento.  “O lambadão, por ser uma música fácil, foi logo apropriado pelas bandas de rasqueado locais, as quais desenvolveram um estilo misturado com o siriri, ganhando assim o nome de lambadão cuiabano.

Vale ressaltar outros grupos neste contexto, as bandas Erre Som, Real Som, e Scort Som, que tem mais de trinta anos de estrada.

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Dr. João reúne autoridades para evitar colapso na Saúde de Cuiabá e VG e encontrar solução definitiva

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O presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado estadual Dr. João (MDB), agiu rápido e reuniu diversas autoridades do estado, na última segunda-feira (09), para tentar evitar novamente um colapso na saúde de Cuiabá e Várzea Grande. O parlamentar foi informado sobre diversos problemas, que poderiam resultar na paralisação de atendimentos e falta de medicamentos.

“Nós da Comissão de Saúde fomos procurados pelos representantes dos hospitais filantrópicos sobre a suspensão dos pagamentos de fornecedores, profissionais contratados e para aquisição de medicamentos e insumos. É algo muito grave e que poderia estourar novamente em quem mais precisa, que é a nossa população”, destacou o deputado Dr. João.

Ao ficar sabendo da situação, Dr. João conversou com o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Eduardo Botelho (União) e com os membros da Comissão de Saúde para uma reunião emergencial.

Participaram do encontro: Ministério Público do Estado (MPE), o Tribunal de Contas do Estado (TCE), representantes dos hospitais e da Secretaria de Estado de Saúde (SES).

Ficou definido na reunião que os deputados estaduais irão se reunir, até o fim da semana, com o desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), Orlando Perri, para que os próximos repasses sejam feitos diretamente pelo judiciário, sem passar pelos cofres dos municípios.

“Demos uma sugestão ao desembargador: se algum hospital tiver algum contrato que tenha que receber, por exemplo, um dinheiro da UTI, o Tribunal de Justiça encaminhará esse dinheiro direto para essa fonte recebedora. Não passaria esse dinheiro pela prefeitura municipal. Eu acredito que vai ajudar, vai ser emergencialmente”, explicou Dr. João.

Sem os repasses, os hospitais não tem capacidade de atender os pacientes devido à falta de insumos, medicamentos e trabalhadores, que estão com folha atrasada.

“A situação é muito difícil da Secretaria Mundial de Saúde de Cuiabá e também de Várzea Grande. Então, vai ter que fazer uma gestão muito profissional e se não tiver ajuda do Governo do Estado, ninguém governa”, finalizou Dr. João.

O promotor de Justiça Milton Mattos da Silveira Neto, que participou da reunião, encaminhou ainda na segunda-feira (09) ao procurador-geral de Justiça o pedido para realização de uma audiência com os prefeitos eleitos e os atuais prefeitos a fim de firmar um acordo para garantir o pagamento dos prestadores de serviços e a continuidade dos atendimentos em dezembro e janeiro de 2025.

Atualmente, os hospitais filantrópicos recebem recursos do fundo estadual e também do governo federal, que é repassado para as prefeituras. Porém, os recursos federais não estão sendo encaminhados pelas administrações municipais.

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Chico Guarnieri parabeniza Polícia Civil por operação de combate a crimes de pornografia infantil

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O suplente de Deputado Estadual, Chico Guarnieri (PL), que assumirá o cargo em janeiro na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, destacou o excelente trabalho realizado pela Polícia Civil de Mato Grosso na deflagração da Operação Artemis 2, conduzida pela Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos (DRCI).

A operação, que ocorreu na manhã desta quinta-feira (10), tem como foco o combate ao armazenamento e compartilhamento de material de pornografia infantil pela internet, crime previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

O mandado de busca e apreensão domiciliar foi expedido pela 2ª Vara Criminal de Tangará da Serra, com base nas investigações conduzidas pela DRCI, que identificaram um novo alvo no município. A operação Artemis 2 é uma continuidade dos esforços da Polícia Civil no enfrentamento de crimes relacionados à pornografia infantil. A primeira fase da operação foi realizada em Pontes e Lacerda, no dia 24 de maio de 2024.

Chico Guarnieri elogiou a atuação das forças de segurança de Mato Grosso, parabenizando especialmente a Polícia Civil e a DRCI pela condução da operação. “Parabéns à Polícia Civil de Mato Grosso, a Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos e a todos os envolvidos na Operação Artemis 2”, afirmou.

Guarnieri também destacou a importância da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SESP) e seus esforços contínuos no combate ao crime, estendendo seus cumprimentos ao Secretário de Segurança Pública, Coronel PM César Augusto de Camargo Roveri.

“Destaque para a atuação da Polícia Civil e de nossas forças de Segurança Pública, que, sob a liderança da SESP, têm se mostrado incansáveis na repressão de crimes tão graves como a pornografia infantil. Em nome do Secretário Roveri, estendo meus cumprimentos a todos os envolvidos”, completou.

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