Economia
Especialistas associam reforma da Previdência a equilíbrio fiscal
A reforma da Previdência Social poderá ampliar o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,5% para 3% ou mais. A estimativa é atrair dinheiro do exterior e fazer com que o investimento direto ultrapasse a faixa de US$ 100 bilhões. As projeções são do Centro de Economia Mundial da Fundação Getúlio Vargas (FGV), coordenado pelo economista Carlos Langoni, ex-presidente do Banco Central.
Langoni relaciona a mudança da Previdência ao equilíbrio fiscal e a uma visão positiva de que o país pode crescer e honrar compromissos com investidores. “O impacto é imediato ainda que o efeito da reforma seja diluído no tempo.”
O economista estima que a economia de gastos públicos será de R$ 800 bilhões a R$ 1 trilhão, em um período de dez anos, a depender do formato final da proposta. “Na verdade, o efeito principal da reforma da Previdência é mudar a percepção do risco país”, explicou Langoni ao considerar que “a reforma é um gatilho para uma agenda de reformas”.
Estimativas
Langoni projeta uma taxa de investimento de até 21% do PIB se, além da reforma da Previdência, forem adotadas outras medidas como a desvinculação orçamentária, novos marcos regulatórios “para reduzir o poder dos monopólios e dos cartéis”, aumento de produtividade com investimento em tecnologia, flexibilização das regras trabalhistas e alteração na legislação tributária.
A perspectiva de mudanças liberalizantes na economia fez com que o índice EMBI+ , baseado nos bônus pagos aos títulos de dívida pública e que serve para avaliar o risco país, caísse de 349 pontos em 4 de setembro do ano passado para 239 na última quarta-feira (6).
Tomada de decisão
A economista Giulia Coelho, especialista em atividade econômica e inflação da consultora 4E, concorda com a avaliação. “No primeiro momento, o maior impacto da reforma da Previdência é restaurar a confiança dos agentes na economia. Dessa forma, retomar investimentos, retomar a dinâmica do mercado de trabalho, as contratações. Isso, por si só, ajuda a economia ganhar uma tração.”
Para a economista, com o ajuste fiscal obtido com a reforma, “vai sobrar dinheiro que hoje está sendo gasto com Previdência, o que possibilita um crescimento mais robusto de longo prazo”. “Qualquer investidor estrangeiro vai tomar a decisão de aplicar o dinheiro no país, se ele acreditar que a economia vai crescer de forma sustentável”, disse Giulia Coelho.
O diretor de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), José Ronaldo Souza Jr., concorda com a especialista. “Ninguém quer investir em um lugar que vai ter uma crise”, disse. “Hoje o mercado de capitais está tendendo para uma normalidade, que ocorre nos países desenvolvidos, que é ser fonte de financiamento de curto, médio e longo prazos”, acrescentou.
Para o diretor do Ipea, a situação fiscal é uma das causas da crise e do baixo dinamismo da economia. “O desequilíbrio fiscal bastante significativo tem gerado aumento do endividamento público. Isso gera uma incerteza muito grande em relação ao país e à capacidade do governo de honrar os seus compromissos. Isso atrapalha a vinda de investimentos e atrapalha a construção de um ambiente que seja atrativo”, argumentou.
Desigualdade social
O professor de economia brasileira Alexandre Barbosa, da Universidade de São Paulo (USP), concorda com a necessidade de reformar a Previdência Social. No entanto, critica o ponto de vista fiscalista, que aponta a mudança nas regras do sistema previdenciário como caminho seguro para o país ter um crescimento mais dinâmico. “O processo de crescimento econômico está relacionado a um conjunto de fatores estruturais. Parece uma nova providência, e não nova Previdência. Como se o crescimento fosse cair do céu por uma reforma exclusiva”, ponderou .
Para Barbosa, o que traz crescimento é o consumo das famílias e os investimentos públicos e privados, diante de um contexto internacional favorável. Segundo o professor da USP, a expectativa da reforma “gera um movimento que beneficia alguns agentes com a valorização do real e da bolsa”, mas esse sentimento é “sem embasamento no crescimento real da economia”.
O professor observa que “já existe um processo lento de retomada de crescimento”, que, no entanto, não será suficiente para reduzir o desemprego, hoje com taxa de 12%. Segundo ele, como o trabalho é a principal forma de obtenção de renda dos estratos mais simples, há risco de aumento da pobreza e da desigualdade socioeconômica, que pode se agravar conforme o tipo de reforma que o Congresso Nacional vote. “Há riscos de tirar poder de compra de segmento da população que poderia dar substância à expansão do PIB.”
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Cidades
Com a maior produção do país, MT tem 9,5 vezes mais cabeças de gado do que gente
Mato Grosso é o estado com a maior produção de bovinos no país, com 9,5 vezes mais cabeças de gado do que habitantes, conforme os dados divulgados pela mais recente Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estado é líder na produção entre os estados brasileiros desde 2004, seguido pelo Pará e Goiás, respectivamente.
Segundo o estudo, o rebanho bovino de Mato Grosso aumentou 5,6%, passando de 32.424.958 cabeças de gado, em 31 de dezembro de 2021, para 34.246.313, na mesma data de 2022.
Se comparado com o número de habitantes (3.658.813), o estado possui mais de 9 cabeças de gado por pessoa.
De acordo com a analista da PPM, Mariana Oliveira, a produção de bovinos tem aumentando no Brasil desde 2019, por causa dos bons preços da arroba e do bezerro vivo.
“Houve um processo de retenção de fêmeas para reprodução, devido aos preços mais atrativos. Mas a expectativa é de que a alta dos preços tenha se encerrado em 2022, quando observamos, também, aumento no abate de fêmeas”, aponta.
Fonte: G1
Cidades
Santander expande rede no Mato Grosso e inaugura primeira agência de Nova Olímpia
O Santander Brasil segue investindo no Mato Grosso e agora expande sua rede física com a primeira agência do município de Nova Olímpia. Mesmo com os investimentos em canais digitais, ampliando o alcance de serviços para um público cada vez maior, o Banco inaugura sua nova loja na próxima segunda-feira (4/9) na Avenida Mato Grosso, 792, Centro, com horário de funcionamento das 9h às 17h.
A nova agência irá atender toda a população da cidade, empresários, funcionários públicos, aposentados, produtores rurais e todos que fazem parte da folha de pagamento da UISA, uma das maiores biorrefinarias do Brasil, que atua em todas as etapas da cadeia produtiva da cana-de-açúcar, desde o plantio até o comércio, logística e distribuição do produto acabado. Importante polo agrícola e de pecuária no Oeste do estado, Nova Olímpia se destaca pelas culturas de cana-de-açúcar, arroz, milho e feijão, além da pecuária de corte, cria e recria.
“As lojas têm um papel importante para os clientes que preferem atendimento presencial para realizar operações bancárias. Abrir a primeira agência em Nova Olímpia é uma forma de demonstrar o quanto valorizamos o contato com clientes que optam por ir às agências em seu dia a dia, em paralelo com o avanço de nossa estratégia digital”, explica Eugênio Godoy, senior head da Rede Centro-Oeste do Santander Brasil.
De acordo com estimativas de um estudo especial do Departamento Econômico do Santander sobre economia regional, divulgado em setembro do ano passado, Mato Grosso terá o quarto maior crescimento entre todos estados brasileiros este ano. A projeção para a economia mato-grossense é de uma expansão de 4,9% em 2023, desempenho superior ao esperado para a média do Brasil, de 2,6%. A agropecuária deve ser o setor da economia com maior dinamismo no ano corrente, com elevação de 4,7%.
“A dinâmica econômica do Estado, reforçada por essa projeção do Santander, demonstra o potencial do Mato Grosso e impulsiona o Banco a se colocar cada vez mais presente nas vidas dos mato-grossenses. Com essa nova agência, seguiremos ampliando nossa participação no desenvolvimento dos negócios em toda a região, sendo um importante instrumento para que a população possa concretizar seus objetivos pessoais e profissionais”, destaca o executivo.
Na nova agência, os clientes pessoas físicas e jurídicas poderão realizar desde operações simples a utilizar soluções financeiras como financiamentos, consórcio, crédito consignado e investimentos. Há as soluções da Getnet de meios de pagamento, como maquininhas, o Link Getpay (link de pagamento, que pode ser compartilhado pelo celular, sem a necessidade de o lojista ter máquina de cartões), uma plataforma para construir loja virtual e serviços de gestão financeira que podem ajudar os microempreendedores e empresas de pequeno e médio porte da região.
O CDC Solar é outra oferta que vem ganhando apelo junto às empresas e consumidores residenciais, devido à possibilidade de redução de custos com energia elétrica a curto e médio prazo. Dentre os outros produtos oferecidos pelo Santander, somam-se as linhas de crédito e consórcio imobiliário e de veículos, além de tantos outros serviços que o Banco dispõe.
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