quarta, 14 de maio de 2025
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SÉRIE - LOGÍSTICA REGIONAL

Em sete tópicos, o resumo de um novo cenário econômico a partir da MT-339

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A seguir, os sete tópicos relacionados à importância da MT-339 para Tangará da Serra e regiões do Chapadão do Parecis e Sudoeste do estado:

1) A estrada representará um salto de qualidade na logística de transporte da região, estabelecendo ligação com o porto de Cáceres (hidrovia do rio Paraguai). Por ali haverá um grande fluxo de escoamento de grãos e outras commodities vindas principalmente de Tangará da Serra (Chapadão do Rio Verde), do Chapadão dos Parecis e da região de Deciolândia.

MT-339 é essencial para o desenvolvimento da região sudoeste e do Chapadão

2) Do mesmo porto deverão desembarcar produtos importantes para a região, como fertilizantes e agroquímicos diversos para abastecer as lavouras da região, além de produtos industrializados e bens de consumo dos mais diversos. Isto proporcionará um incremento de competitividade na produção agrícola, já que haverá redução de custo num dos principais itens da planilha de custos do produtor.

3) Em Cáceres já foi desencadeado o processo de implantação da ZPE (Zona de Processamento e Exportação), o que significará uma nova realidade econômica para toda a região oeste/sudoeste do estado. (Apesar de alguns percalços, a ZPE é uma realidade muito próxima. Ver link: https://www.caceresnoticias.com.br/politica/obras-das-zpe-de-caceres-terao-que-ser-licitadas-novamente/650018)

4) A nova ligação fomentará a produção de carnes e derivados, fortalecendo a pecuária e ampliando o canal de exportação para os países do Mercosul, onde há um mercado de 60 milhões de pessoas. (Ver matéria: VIZINHOS CONTINENTAIS: Estado vê possibilidade de integração com mercado de 60 milhões de pessoas; Link: http://www.bemnoticias.com.br/plantao/id-354625/vizinhos_continentais__estado_ve_possibilidade_de_integracao_com_mercado_de_60_milhoes_de_pessoas)

5) A nova rodovia proporcionará a fusão da bacia leiteira da região de Tangará da Serra com a da região sudoeste – Araputanga, São José dos Quatro Marcos, Lambari do Oeste, Salto do Céu, Rio Branco, etc. -, que é a maior do estado. Isto significará produção leiteira em grande escala e, por consequência, condições para instalações de grandes laticínios. (Ver matéria: Pavimentação da MT-339 impulsionará economia regional; Link: http://www.bemnoticias.com.br/economia/id-342315/pavimentacao_da_mt_339_impulsionara_economia_regional)

6) A pavimentação fomentará o cinturão verde, fortalecendo a agricultura familiar da região do Assentamento Antônio Conselheiro e das comunidades de Gleba Triângulo e São Jorge. Consequentemente, haverá um impulso na produção de hortifrutigranjeiros (fortalecimento da bacia leiteira, conforme já mencionado) e na criação de pequenos animais e derivados, viabilizando instalações de unidades de processamento e pequenas agroindústrias (novos arranjos de negócio).

7) A pavimentação proporcionará crescimento e instalações de empresas e estabelecimentos diversos (tais como postos de combustível, casas agropecuárias e comércios em geral e até mesmo grandes unidades de armazenamento de grãos e secadores) na região do Assentamento e Curva da Calcário, em Tangará da Serra.

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SÉRIE - LOGÍSTICA REGIONAL

MTs 339 e 343 são fundamentais para sistema multimodal, diz especialista

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O engenheiro Adilson Reis é inspetor chefe na Regional de Cáceres do CREA-MT e também preside o Instituto Histórico e Geográfico daquela cidade. Ele confirma a importância das rodovias MTs 343 e 339, que tendem a aproximar a região polarizada por Tangará da Serra – desde o Chapadão do Rio Verde e a localidade de Deciolândia, ambos acima da Serra dos Parecis – até Barra do Bugres ao futuro porto de Cáceres (futura ETC Santo Antônio das Lendas), na Hidrovia Paraguai-Paraná.

Adilson: “Mato Grosso não pode prescindir deste sistema”.

Adilson fala, em entrevista exclusiva ao Bem Notícias, sobre estas vias de escoamento da produção e do sistema multimodal que elas irão compor com a Hidrovia Paraguai-Paraná.

Na sequência, a entrevista com Adílson Reis.

BNSabemos dos inúmeros benefícios destas ligações, mas isto, porém, ainda é uma visão projetada. Em sua opinião o que falta para esta nova estrutura logística (multimodalidade Rodovia-Hidrovia) se tornar realidade, quanto teria de ser investido e de que forma estes investimentos ocorreriam?

Adilson – Há anos falamos e “desenhamos” sobre a complementariedade das MTs citadas, em especial quando se trata da integração multimodal ao se vislumbrar a utilização do sistema de navegação pela Hidrovia Paraguai-Paraná, cuja conexão mais ao norte (transporte competitivo de cargas) se dá em Cáceres (Tratado Internacional de Transportes do Comitê Intergovernamental da Hidrovia-CIH), seja pelos Terminais Portuários existentes na zona urbana (veja nos anexos) ou pelas ETCs planejadas, cuja consolidação, pela ordem de ações, vem se tornando realidade através dos processos em curso do TP de Paratudal, do TP Barranco Vermelho e quiçá pela retomada do projeto de Santo Antônio das Lendas, antes Morrinhos. Obviamente há que se considerar a modalidade de navegação voltada a atender ao enorme e importante segmento do Turismo.

MT-343: Obras de pavimentação serão retomadas, diz governo.

Esta multimodalidade está tornando-se realidade pelas ações da iniciativa privada (vide processos dos novos Terminais Portuários), oportunizados ou “empurrados” pelo crescimento exponencial da produção no campo, e atividades do agronegócio, que sofrem com o represamento de suas cargas e obtenção de seus insumos, consequência da exaustão das artérias (rodovias) ou a falta delas, quesito de inteira responsabilidade da gestão pública, medianamente remediada através das concessões/pedágios (PPP), e ainda pela recente federalização do trecho da centenária estrada municipal que liga à antiga fazenda Morrinhos, hoje quilômetro 0 (zero) da BR-174, que até há pouco era na Ponte Marechal Rondon sobre o rio Paraguai, no perímetro urbano de Cáceres.

Quanto ao meio hidroviário, os documentos históricos nos atestam a total viabilidade, comprovada desde sempre pelo trabalho da Marinha do Brasil, da Administradora da Hidrovia do Rio Paraguai – AHIPAR, e todo o trabalho de manutenção e sinalização feitos há mais de 100 (cem) anos. Quanto aos investimentos necessários, também há um vasto material consolidado recentemente pela Universidade Federal do Paraná-UFPR/ITTI nos Estudos de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental-EVTEA, em distintas fases contratadas pelo então Ministério dos Transportes/DENIT e pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários – ANTAQ.

MT-339: Pavimentação é anseio antigo na região.

BN – Então, a partir do Porto de Santo Antônio das Lendas será possível nossas cargas chegarem até o porto de Nueva Palmira, no Uruguai?

Adilson – Afirmativo, como explicamos antes, Santo Antônio das Lendas é mais uma forte possibilidade. Há anos foi feita uma tentativa de implantar um TP neste local. O fato é que temos no Paraguai-Paraná, como um todo, um sistema de navegação em corrente livre. Ou seja, não há necessidade de obras de engenharia, como construção de eclusas, etc. Os serviços de dragagem de manutenção são realizados há mais de 100 (cem) anos, como atesta a publicação de 1914 no “Album Graphico de Matto Grosso”, ali podemos reviver e epopeia da navegação pelo rio Paraguai através dos antigos vapores de transporte de passageiros e cargas. As lojas de comércio, importação e exportação se valiam deste modal.

Local da futura ETC Santo Antônio das Lendas, no rio Paraguai, em Cáceres.

BN – A ETC poderá proporcionar a chegada de produtos (não apenas o despacho) à nossa região (como alimentos, fertilizantes, máquinas, peças, bens de consumo e outros produtos industrializados)?

Adilson – Sim, esta é a realidade, e Mato Grosso não pode prescindir deste modal, mais uma vez nos reportamos ao “Album Graphico de Matto Grosso”, e, também à “História da Navegação em Mato Grosso”, do Professor Jesus Brandão, que contam os fatos em detalhes, números e imagens da época em que não dispúnhamos de rodovias. As Estações de Transbordo de Cargas – ETCs potencializam muitas variáveis para o crescimento social, e tudo com respeito ao meio ambiente, hoje temos muito mais conhecimento e ferramentas para que tudo seja realizado em harmonia.

Porto de Cáceres: Ponto de partida da produção local ao mercado internacional, e de chegada de insumos e bens de consumo.

BN – Para dar suporte neste projeto temos, hoje, a Associação Pró-Hidrovia, que representa a inciativa privada. Em âmbito governamental, temos o envolvimento do governo do estado e a participação do governo federal. Há informações sobre como estão as articulações neste sentido?

Adílson – A Associação Pró-Hidrovia tem grande importância num processo desta dimensão. Mas o Movimento Pró-Logística que integra Instituições de todas as áreas de atividades e conhecimento (vide material anexado), tem realizado ações de grande amplitude. Isto é salutar porque extrapola falas meramente políticas e não raras vezes oportunistas. As articulações têm que ser técnica e politicamente sustentadas e defendidas, assim todos saem ganhando, ambiental e socialmente.

 

 

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“Oferta de energia é condição básica para o desenvolvimento”

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A geração de energia elétrica é essencial para o desenvolvimento econômico da região. Este é outro aspecto apontado por Sílvio Tupinambá, que ressalta a vocação regional para produção energética.

“Para o desenvolvimento econômico, uma oferta de energia condizente é uma condição básica”, disse o engenheiro, economista e professor universitário. Ele afirma que uma das primeiras consultas que faz um empreendedor para investir numa região é sobre a disponibilidade de energia. “Sem energia elétrica, cai por terra qualquer projeto de investimento em qualquer área da iniciativa privada”, observa.

Geração de energia: Insumo para o desenvolvimento e movimentação econômica.

Tupinambá cita os projetos dos complexos hidrelétricos nos rios Juba e Formoso, cujas concessões já existem, mas que ainda dependem de licenças para serem implantados. Os dois complexos – compostos por três CGH’s e três PCH’s – terão capacidade instalada de mais de quase 70 MW/hora, com aproveitamento em Tangará da Serra e região e, também, com incorporação ao Sistema Integrado Nacional (SIN). O potencial se somará aos mais de 190 MW/hora já instalados em outras seis unidades geradoras da região.

Somente no Formoso, o empreendimento representará um grande número de empregos diretos quando da sua construção (cerca de 1.500), geração de impostos através do ICMS adicionado e, ainda, considerável movimentação na economia local com aquisições no comércio e circulação da massa salarial dos trabalhadores. Os ganhos ambientais também são perceptíveis em razão das áreas de preservação mantidas pelos empreendimentos.

Ao entrar em operação, as PCH’s do Complexo do Formoso seguirão movimentando a economia, gerando divisas, emprego (cerca de 80 postos de trabalho) e renda ao município de Tangará da Serra e para o Estado de Mato Grosso.

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