A Secretaria Municipal de Infraestrutura (SINFRA) deu início na última semana à execução de um plano estratégico que visa a redução dos índices de acidentes de trânsito na Avenida Brasil, em Tangará da Serra. Ao todo, são cinco as intervenções em cruzamentos que percorrem a extensão da principal via de tráfego da cidade.

As intervenções ocorrem nos cruzamentos da Avenida Brasil com as ruas 6, 4, 6 A, São João e Tapirapuã.
De acordo com a SINFRA, as intervenções ocorrerão nos cruzamentos da Avenida Brasil com as ruas Manoel Dionísio Sobrinho (06), Olívio de Lima (04), 6-A, São João e Tapirapuã. “O fechamento desses cruzamentos faz parte de uma série de ações que estamos promovendo com o objetivo de promover a redução no índice de ocorrências de trânsito. Existem estudos que comprovam que esses trechos oferecem risco para aqueles que trafegam nesses cruzamentos e, exatamente por isso, estamos executando essas alterações”, informou o titular da SINFRA, José Bernadino.
O secretário defende as mudanças apesar da polêmica gerada desde o início das obras e diz que os efeitos positivos das mudanças serão sentidas pela população, ao mesmo tempo em que não descarta novas intervenções. “A cidade está crescendo e as alterações precisam ocorrer de forma pontual e constante. Vamos observar se haverá melhorias, se teremos necessidade de fechar mais pontos, enfim, quais as mudanças que serão necessárias para garantir segurança no trânsito”, disse.
Polêmica
Nas redes sociais, as intervenções na Avenida Brasil foram intensas desde a semana passada, quando os trabalhos tiveram início. Em um grupo de WhatsApp, várias manifestações – contrárias e favoráveis – foram postadas.
“Isso é andar para traz em termo de trânsito, tem que fazer uma audiência pública para não afetar o comércio. O que fizeram com estacionamento de ambos os lados agora vão destruir”, opinou um usuário do aplicativo.
Em outro post, um usuário lembrou da necessidades de áreas verdes e melhor fluência no trânsito. “Em tempos que precisamos de mais áreas verdes, vias alternativas de acesso, mais conectividade entre os setores da cidade, mais fluência e menos obstáculos no trânsito e recebemos contornos sendo fechados, semáforos só pra pedestres e pouquíssimo utilizados, grama sendo arrancada e cedendo espaço para calçadas e cada vez mais dependência da Avenida Brasil para nos deslocarmos”.

Alterações geram polêmicas, com opiniões contrárias e favoráveis.
Outro usuário vê problemas futuros na rotatória de confluência com a Avenida Mauá e outros contornos. “Vai ficar intransitável na rotatória da Mauá, no contorno do posto Delcas serão formadas filas de mais de um quarteirão, haverá a espera de dois tempos ou mais nos semáforos que já existem”.
Outra manifestação menciona as reclamações persistentes. “O povo reclama que não tem lugar pra estacionar… aí fazem mais lugar e reclamam também, porque ficou apertado e tem de andar mais devagar…”
Um usuário confrontou as opiniões contrários. “Me desculpem, pessoal, mas reclamações e críticas antes de ver o resultado não levam a lugar algum (…). Os estacionamentos duplos, quantas críticas… Hoje tem o apoio da população, imaginem se a prefeitura desiste de fazer as obras a cada crítica”
Também pelo WhatsApp, o secretário Bernadino ensaiou uma justificativa, citando a primeira etapa do estacionamento alternativo, em janeiro último. “Foi feito um período experimental, onde o investimento foi apenas a pintura no solo. Teve apoio do Comércio e melhora nas vagas, após isso licitamos a obra. As ruas São Paulo, 12 e 10, quando fechadas, também causaram polêmica. O aumento das vagas de estacionamento só se tornou possível em razão das mesmas estarem fechadas”.
Sobre acidentes de trânsito na Avenida Brasil, a SINFRA não apresentou estatísticas oficiais sobre tais ocorrências.
(*) Com informações de Assessoria de Imprensa