quinta, 12 de dezembro de 2024
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Nacional

“É óbvio que eu nego tudo”, diz Pezão ao deixar PF e ser conduzido para presídio

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Governador Luiz Fernando Pezão é conduzido para presídio em Niterói para cumprir sentença de prisão temporária
Reprodução/TV Globo

Governador Luiz Fernando Pezão é conduzido para presídio em Niterói para cumprir sentença de prisão temporária

O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, negou as acusações de corrupção, lavagem de dinheiro, organização criminosa e fraude em licitações que resultaram na sua prisão preventiva na manhã desta quinta-feira (29) através da Operação Boca de Lobo, da Polícia Federal (PF), um desdobramento da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro.

Em rápida entrevista na saída do prédio da superintendência da PF, na Praça Mauá, Centro do Rio de Janeiro, Pezão fez um sinal de positivo com o dedo polegar e afirmou “é óbvio que eu nego, nego tudo”, quando questionado se tinha cometido os crimes dos quais é acusado. Ele esteve reunido por cerca de quatro horas com seus advogados no local, enquanto prestava depoimento à PF. No local ele também fez exame de corpo de delito, antes de ser conduzido à Cadeia Pública Frederico Marques, em Benfica, na Zona Norte da cidade, escoltado por quatro viaturas policiais e um carro à paisana.

O governador do Rio de Janeiro foi acordado por volta das 6h da manhã desta quinta-feira (29) pelos policiais federais que cumpriam mandado de prisão preventiva determinado pela Procuradora-Geral da República (PGR), Raquel Dodge. Os policiais permitiram que Pezão tomasse banho e café da manhã, a seu pedido, antes de ser conduzido para PF por voltas das 7h30. Ele chegou ao local às 7h50 e só deixou o prédio por volta das 15h.

Em breve, ele será conduzido para uma sala do estado maior, no presídio da Polícia Militar, em Niterói, na região metropolitana do Rio, o que é um prerrogativa de políticos que têm foro privilegiado como é o caso do governador. O local foi uma sugestão do interventor federal na segurança pública do Rio, general Walter Braga Netto. Como já realizou o examde de corpo de deleito no próprio prédio da Polícia Federal (PF), Pezão não precisará passar pelo Instituto Médico Legal (IML) também no Centro da cidade.

O Sindicato do Servidores do Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro (Sindjustiça RJ) promoveu manifestação com bolo, a partir do meio-dia, em frente à Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), no Centro, para comemorar a prisão de Luiz Fernando Pezão.


Servidores comemoram prisão em frente à Alerj – Paulo Carneiro/Parceiro/Agência O Dia
Organizador do ato, Ramon Carrera explica que a prisão de Pezão diz muito sobre os problemas financeiros que os servidores públicos do estado sofreram nos últimos anos.

“Isso tudo (prisão) explica tudo que acontece no estado. É o encerramento de um ciclo, e a gente acredita que se tiver mais investigações, mais gente será presa (…) Ele não queria dar um abraço no Cabral? Agora vai poder”, disse, fazendo alusão a uma entrevista concedida pelo governador ao jornal O Estado de S. Paulo, publicada no dia 30 de outubro.

Em nota, o Governo do Estado informou que o vice-governador Francisco Dornelles (PP) assume a gestão do Rio a partir desta quinta-feira. Já o MDB, partido de Pezão, disse que “não iria se pronunciar sobre a prisão de mais um de seus filiados”.

O governador Luiz Fernando Pezão (MDB) deixou a sede da Polícia Federal (PF) por volta das 15h desta quinta-feira

ex-procurador-geral do Ro de Janeiro, Cláudio Lopes

O governador Luiz Fernando Pezão deixou a sede da Polícia Federal pouco antes das 15h desta quinta-feira (29), após prestar depoimento por cerca de três horas.
Preso nas primeiras horas da manhã pela força-tarefa da Lava Jato, ele foi levado para a Cadeia Frederico Marques, em Benfica, de onde, após triagem, foi levado às 15h50 para a Unidade Prisional da Polícia Militar (PM), em Niterói, na Região Metropolitana do Rio. Em Niterói, o governador afastado ficará em uma sala especial, à qual tem direito por lei devido ao cargo.
O vice-governador, Francisco Dornelles, assumirá o governointerinamente.

Mato Grosso

Mega da Virada com prêmio de R$ 450 milhões já está com apostas abertas

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As apostas para a Mega da Virada começam nesta quarta-feira, 16. Segundo a Caixa Econômica Federal, a estimativa é pagar R$ 450 milhões a quem acertar as seis dezenas – o maior prêmio da história do concurso.

O prêmio principal do concurso não acumula: se ninguém acertar as seis dezenas, o prêmio será dividido entre os apostadores que acertarem cinco dezenas.

O sorteio acontece no dia 31 de dezembro.

Como apostar

As apostas devem ser feitas com volante específico da Mega da Virada em qualquer lotérica do país, pelo aplicativo Loterias Caixa ou pelo portal Loterias Caixa. Clientes da Caixa também podem fazer suas apostas pelo Internet Banking.

Para jogar na Mega da Virada, é só marcar de 6 a 20 números dentre os 60 disponíveis no volante, ou deixar que o sistema escolha os números, por meio da Surpresinha. A aposta simples, com 6 números, custa R$ 4,50.

Também é possível participar por meio de bolões, preenchendo o campo próprio no volante.

Na Mega-Sena, os bolões têm preço mínimo de R$ 10,00. Porém, cada cota não pode ser inferior a R$ 5,00. É possível realizar um bolão de no mínimo 2 e no máximo 100 cotas.

Também é possível adquirir cotas de bolões organizados pelas unidades lotéricas. Neste caso, poderá ser cobrada uma tarifa de serviço adicional de até 35% do valor da cota.

Fonte: G1

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Nacional

Planos de saúde não precisam cobrir procedimentos fora da lista da ANS, decide STJ

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A Segunda Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) formou maioria nesta quarta-feira (8) para fixar que as operadoras dos planos de saúde não precisam cobrir procedimentos que não constem na lista da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

A decisão abarca a cobertura de exames, terapias, cirurgias e fornecimento de medicamentos, por exemplo.

Seis dos nove ministros que votam na Segunda Seção entenderam que o chamado rol de procedimentos da ANS é taxativo – ou seja, que a lista não contém apenas exemplos, mas todas as obrigações de cobertura para os planos de saúde.

Adotaram esse entendimento os ministros Luis Felipe Salomão, Vilas Bôas Cueva, Raul Araújo, Isabel Gallotti, Marco Buzzi e Marco Aurélio Bellizze.

Votaram em sentido contrário os ministros Nancy Andrighi, Paulo de Tarso e Moura Ribeiro. Para esses magistrados, a lista deveria ser “exemplificativa”, ou seja, representar a cobertura mínima dos convênios.

A decisão do STJ não obriga as demais instâncias a terem que seguir esse entendimento, mas o julgamento serve de orientação para a Justiça.

O entendimento do STJ representa uma mudança na jurisprudência que vinha sendo aplicada por boa parte dos tribunais do país, que entendiam que o rol era apenas exemplificativo.

Decisão prevê exceções

O entendimento de que a lista é taxativa deve ser modulado pelos ministros do STJ para admitir algumas exceções – por exemplo, terapias recomendadas expressamente pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), tratamentos para câncer e medicações “off-label” (usadas com prescrição médica para tratamentos que não constam na bula daquela medicação).

A tese considerada correta pela maioria dos ministros foi proposta pelo ministro Villas Boas Cuêva e incorporada ao voto pelo relator, Luis Felipe Salomão. Em resumo, o entendimento do STJ é de que:

O rol da ANS é, em regra, taxativo; a operadora não é obrigada a custear um procedimento se houver opção similar no rol da ANS; é possível a contratação de cobertura ampliada ou a negociação de um aditivo contratual; não havendo substituto terapêutico, ou após esgotados os procedimentos incluídos na lista da ANS, pode haver, a título excepcional, a cobertura do tratamento indicado pelo médico ou odontólogo assistente.

Para que essa exceção prevista no quarto tópico seja aplicada, é preciso que:

a incorporação do tratamento desejado à lista da ANS não tenha sido indeferida expressamente; haja comprovação da eficácia do tratamento à luz da medicina baseada em evidências; haja recomendação de órgãos técnicos de renome nacional, como a Conitec e a Natijus, e estrangeiros; seja realizado, quando possível, diálogo entre magistrados e especialistas, incluindo a comissão responsável por atualizar a lista da ANS, para tratar da ausência desse tratamento no rol de procedimentos.

Rol é limitado, dizem especialistas

Especialistas avaliam que o rol de procedimentos da ANS é bem básico e não contempla muitos tratamentos importantes – por exemplo, alguns tipos de quimioterapia oral e radioterapia, medicamentos aprovados recentemente pela Anvisa e cirurgias com técnicas de robótica.

Além disso, a ANS limita o número de sessões de algumas terapias para pessoas com autismo e vários tipos de deficiência. Muitos pacientes precisam de mais sessões do que as estipuladas para conseguir resultado com essas terapias e por isso, no atual modelo, conseguem a aprovação de pagamento pelo plano de saúde.

O julgamento no STJ começou em setembro do ano passado, mas dois pedidos de vista (mais tempo para analisar os processos) suspenderam a deliberação pelos ministros.

O caso chegou à Segunda Seção após uma divergência entre duas turmas do STJ. Agora, o colegiado vai definir qual é o limite da obrigação das operadoras.

Por Márcio Falcão, TV Globo — Brasília

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