Economia
Driblando adversidades e farejando tendências; a estratégia do Bracco
Publicado
22 de fevereiro de 2022 - 15:51

Poderíamos começar esta matéria afirmando que o grande anseio de quem busca o mercado financeiro para rentabilizar seus recursos é acertar na combinação dos ativos que compõe uma carteira, mas isso não seria uma grande novidade, afinal, que investidor não busca isso?
Talvez o pulo do gato seja acertar esta combinação em momentos de grande incerteza e volatilidade, visto que o ser humano, por instinto, tenta se proteger em situações de risco. No mercado financeiro não é diferente. Em uma situação de crise tal como a que vivemos no início da pandemia de Covid-19, com ativos perdendo tanto valor de mercado, tende a ser mais difícil manter a frieza e seguir com as convicções fundamentalistas.
Por isso, o Cara a Cara com o Gestor da última quarta-feira, convidou os gestores Ubiraja Silva e Fábio Guarda, gestores do Bracco FIM, fundo sistemático da Galápagos que driblou o drawdown da bolsa de 40% de março de 2020 e hoje acumula 15,80% (desde o início), num momento cuja tendência de mercado segue na contramão de fundos multimercado.
Fábio Guarda, com sua expertise nos books de Renda Fixa e Câmbio, e Ubirajara Silva, o “Bira”, nos de Renda Variável, já haviam trabalhado juntos no Unibanco. Em 2017 inicialmente se reuniram para gerir recursos próprios e assim perceberam dores comuns aos dois books.
“Alocávamos capital por mais tempo que o necessário com mais recursos que o necessário em trades que não eram ganhadores. Ao mesmo tempo cortavam ganhos muito rapidamente de trades vencedores. Foi aí que começamos a explorar esse comportamento. Qualquer pessoa que já tenha operado ação e a ação cai 2, 3 % vai falar ‘vou esperar chegar no meu preço pra sair’ ou ‘vou comprar mais para fazer preço médio e sair com lucro melhor’, e isso é um comportamento humano. O ser humano é apegado a ganhos e avesso a perdas, então materializar uma perda, zerar uma posição perdendo dinheiro, doi muito. Ao mesmo tempo, você se satisfaz muito rápido com ganhos pequenos”, destaca Fábio.
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Foi ao aprofundar o estudo de finanças comportamentais que os gestores resolveram explorar esse viés comportamental humano. Assim surgiu o Bracco, que por filosofia se define como um perseguidor de tendências na bolsa, no mercado de juros e de moedas, ou seja, busca manter posições ganhadoras pelo máximo de tempo possível, seja se antecipando nos ganhos seja cortando rapidamente as perdas.
A título de curiosidade, “Bracco”, é uma raça de cão farejador, nome este que faz jus ao objetivo do fundo: “farejar quais ativos estão fazendo break out para surfar e exaurir esta tendência”, como ressalta Fábio.
Conforme acreditam, nenhum ativo sobe indeterminadamente. Um ativo pode mostrar tendência de alta, ter uma pequena realização e então continuar subindo. Desse modo, se o modelo for exageradamente rigoroso e já na primeira tendência realizar posição, pode acabar por deixar ganhos potenciais na mesa. Por outro lado, se houver muita resistência na realização da posição, o ativo pode acabar revertendo tendência e gerar prejuízos. Justamente para isso incluíam um grande número de modelagens dentro da estratégia, como forma de dividir o risco entre as variações de tendência.
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Sabemos que nem sempre os padrões e as variáveis se repetem, especialmente em crises de grandes proporções como é o caso da pandemia de Covid-19. Ressaltado isso, questionei sobre as revisões no modelo com objetivo de entender como ele segue eficaz mesmo em contexto tão diferentes e que possivelmente não tenham sido mapeados previamente à implementação da estratégia.
Victor: Como é feito processo de manutenção para que não percam a efetividade?
Fábio: Os modelos são agnósticos com relação a variáveis econômicas, ou seja, só olham preço de bolsa, de juros e de moeda em várias janelas de tempo. Com isso, buscam identificar tendências com base nos preços. Porém fazem revisões quando percebem necessidade de mapear algum novo critério, como fizeram ao passar o primeiro drawdown na pandemia, em março de 2020.
Bira : Para todas as posições há stop. Enquanto houver valorização em determinado ativo, o fundo vai surfar esta tendência. Só há saída da posição ganhadora quando o papel não mais cumprir com os critérios a que se propunha ou quando for stopado.
Victor: Controle risco e correlação modelos: como é na prática? Há Backtest que permita identificar geração de alfa sem aumento de correlação no modelo/ direcional em uma única classe?
Fábio : Esta pergunta que é o cerne do quebra-cabeça. O modelo está preparado para captar os seguintes indicadores: retorno potencial da modelagem, volatilidade e drawdown potencial. Idealmente, o modelo isolado é gerador de alfa, ou seja, gera resultado positivo. No entanto, não necessariamente este retorno positivo casa bem com todo o resto da estratégia do fundo. Em todo caso, toda alteração passa por um backtest para verificar o comportamento do ativo isoladamente bem como a interação com os demais da estratégia.
Victor: Sabemos que tesoureiro de banco é uma posição bastante ativa, de muita gestão humana. Normalmente o tesoureiro é o alocador de recursos do banco, é quem toma posição no papel, no índice, monta carteira ou até zera o risco da estrutura societária. Não dá vontade de ir lá e mexer no modelo?
Bira : Sempre que eles estamos mais desconfortáveis com a posição é quando o modelo mais gera um resultado atrativo.
Fundamentalista por tendência
Bira complementa ainda que apesar de não possuir nenhum viés fundamentalista ou macro, é possível identificar a presença dos fundamentos de mercado na carteira do fundo, isto porque, ao perseguirem a tendência de mercado, geralmente os ativos resilientes são aqueles que efetivamente possuem fundamento para tal. O gestor recordou, inclusive, a experiência do fundo ao passar pela crise de Covid-19 em março de 2020, quando o mercado começou a reagir e o modelo passou a alocar risco em ativos do segmento alimentício (supermercados) e e-commerce. Foi aí que perceberam a aderência do modelo à realidade que se apresentava.
Crença na tese de descorrelação
Com as respostas dos gestores, fica evidente a filosofia que rege a gestão do Bracco FIM e a crença na tese de descorrelação. Para eles, a ausência de interferência humana é o diferencial das estratégias quantitativas e sistemáticas, pois ainda que em algum momento a estratégia não consiga expurgar do modelo todo o modismo do comportamento do investidor, pelo menos permite que saiam antes de posições potencialmente mais desafiadoras ou então que aproveitem tendências de alta por mais tempo, visto que dispõe de um arcabouço matemático para isso.
Para finalizar, trago aqui o dicionário Cara a Cara e ressalto a importância de se buscar a menor correlação entre os ativos de uma carteira: lembramos que descorrelação não é buscar um ativo que, por exemplo, sobe 1% e outro que desce 1%, pois aí você está no zero. Descorrelação é buscar ativo que sobe 1% e outro que sobe 0,5% sem que estejam no mesmo sentido o tempo todo. Essa é a graça e genialidade da classe. É isso que gera mais retorno com menos risco.
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Mato Grosso tem o 4° preço mais barato do litro da gasolina no país, com R$ 6,99. Os dados são da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgados nesta terça-feira, 21.
O estado ficou em 16° lugar no ranking comparativo de maiores valores registrados do preço do combustível.
O valor em Mato Grosso está abaixo do preço médio do litro da gasolina no país, que ficou em R$ 7,232 na última semana. Os dados são referentes aos dias 12 a 18 de junho.
O preço médio mais alto foi verificado na Bahia (R$ 8,037). O maior valor cobrado foi encontrado foi no Rio de Janeiro (R$ 8,990). Já o menor foi registrado em um posto de São Paulo (R$ 6,170).
Em Mato Grosso, o preço mínimo registrado foi R$ 6,30 o litro. Como foi feita entre os dias 12 e 18 de junho, a pesquisa da ANP ainda não reflete totalmente o último reajuste anunciado pela Petrobras nas suas refinarias.
G1/MT
Cidades
ANS aprova maior aumento em plano de saúde individual em 22 anos, 15,5%
Publicado
3 de junho de 2022 - 09:58Os planos de saúde individuais e familiares ficarão até 15,5% mais caros, decidiu a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar). É o maior percentual de reajuste anual autorizado pela agência desde 2000, ano de início da série histórica. Até então, o maior reajuste autorizado tinha sido de 13,57%, em 2016.
A medida vai impactar contratos de cerca de oito milhões de beneficiários, o que representa 16,3% dos consumidores de planos de saúde no Brasil. O aumento se refere ao período de maio de 2022 a abril de 2023 e só poderá ser aplicado no mês de aniversário do contrato —ou seja, no mês que o contrato foi assinado. A ANS diz que o reajuste foi motivado pelo aumento nos gastos assistenciais dos planos individuais no ano passado, em comparação a 2020, principalmente nos custos dos serviços.
Em contrapartida, a frequência no uso dos serviços de saúde não cresceu no mesmo ritmo, com uma retomada mais gradual em relação a consultas e internações. “Como a frequência na utilização de serviços apresentou queda bastante acentuada em 2020, a retomada em 2021, ainda que gradual, foi suficiente para que, ao lado de um aumento acentuado nos preços dos insumos e serviços, acelerasse o índice deste ano para 15,5%”, afirma a ANS.
Empresas de saúde afirmam que o setor acabou reduzindo a oferta de planos individuais justamente por causa da regulamentação da ANS, que estabelece limites para os reajustes. As companhias preferem lançar planos coletivos, com preços de mercado. Ao todo, 49,1 milhões de pessoas têm planos de saúde no país, de acordo com dados da ANS referentes a março.
Em 2021, mensalidades caíram pela primeira vez
No ano passado, a ANS determinou um reajuste negativo de 8,19% —na prática, os planos ficaram mais baratos aos consumidores, pela primeira vez. O percentual negativo refletiu a queda de 17% no total de procedimentos (consultas, exames, terapias e cirurgias) realizados em 2020, em relação a 2019, pelo setor de planos de saúde.
A redução da utilização dos serviços aconteceu em decorrência das medidas protetivas para evitar a disseminação da covid-19. Apesar da alta quantidade de atendimentos e internações pela doença, houve redução na procura por consultas, exames e cirurgias que não eram urgentes. Em 2021, com a retomada gradativa da utilização dos planos de saúde pelos beneficiários, as despesas assistenciais apresentaram crescimento, influenciadas principalmente pela variação no preço dos serviços/insumos de saúde.
Aumento deve ser descrito no boleto
O reajuste anual deve aparecer no boleto de cobrança dos planos de saúde individuais e familiares. Se a cobrança for superior a 15,5%, o consumidor deve ligar para a operadora para pedir esclarecimentos, diz a ANS.
Fonte: UOL




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