Dom Eusébio Scheid, arcebispo emérito do Rio de Janeiro.
Morreu, na tarde desta quarta-feira (13), aos 88 anos, o cardeal Eusébio Oscar Scheid , arcebispo emérito do Rio de Janeiro. O religioso já se encontrava com um quadro delicado de saúde, situação que se agravou depois que, há cerca de uma semana, ele testou positivo para o novo coronavírus (Sars-CoV-2).
“O arcebispo emérito do Rio de Janeiro , cardeal Eusébio Oscar Scheid, entregou serenamente sua alma a Deus, no inicio da tarde desta quarta-feira, 13 de janeiro, após longo período de enfermidade, em São José dos Campos (SP), onde residia”, informou a Arquidiocese do Rio.
Nascido em Luzema, Santa Catarina, Dom Eusébio Scheid foi transferido para a Arquidiocese do Rio de Janeiro em julho de 2001, sucedendo o Cardeal Eugenio de Araujo Sales.
Ele tornou-se cardeal dois anos depois, durante o papado de João Paulo II. Aos 75 anos, Sheid se aposentou e foi substituído como arcebispo por Dom Orani Tempesta.
Dom Eusébio também publicou os livros “Tese de láurea sobre a Cristologia de Ubertino da Casale em seu contexto histórico”; “Preparação para o casamento e para a vida familiar”; Introdução à pastoral familiar; e “Ministério do Acolhimento”.
MP: Governo do Amazonas sugeriu abrir valas no interior por falta de oxigênio
O governo do Amazonas orientou uma prefeitura da região metropolitana de Manaus a abrir valas no cemitério local porque não havia previsão para a chegada de oxigênio hospitalar no município, de acordo com um relato feito ao Ministério Público e à Defensoria Pública do estado.
O relato foi reproduzido em uma ação que pede que o governo estadual seja obrigado a enviar oxigênio para a cidade de Itacoatiara, que fica a cerca de 250 quilômetros de Manaus. O pedido foi aceito pela Justiça.
A ação foi apresentada neste sábado. O MP e a Defensoria pediram a não interrupção do fornecimento de oxigênio para o Hospital Regional José Mendes, em Itacoatiara. Eles relataram que atualmente existem 77 pacientes internados, com uma média de 20 novas internações por dia, e que o fornecimento de oxigênio é insuficiente desde o início de janeiro.
Os órgãos também alegam que os planos do governo estadual para enfrentar a crise no estado, como a transferência de paciente para outros estados, não beneficiaram pacientes do interior.
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O MP e a Defensoria dizem que o prefeito de Itacoatiara, Mário Jorge Abrahim, relatou uma reunião em que foi orientado “a abrir valas no cemitério local, uma vez que não havia previsão para o fornecimento de oxigênio para o município de Itacoatiara”.
O relato foi feito pelo prefeito em uma reunião “com a presença de diversas autoridades, dentre elas, de representantes do Ministério Público e da Defensoria Pública do Estado”.
A orientação teria partido do “secretário do Interior” — a Secretária de Saúde do Amazonas tem uma Secretaria-Executiva Adjunta de Atenção Especializada do Interior, comandada por Cássio Roberto do Espírito Santo. Ele também teria oferecido câmeras frigoríficas para a cidade.
O juiz Rafael Almeida Cró Brito atendeu os pedidos feitos e determinou que o governo estadual deve regularizar o fornecimento de oxigênio medicinal em Itacoatiara e apresentar um plano de abastecimento, sob pena de multa diária de R$ 100 mil. O governo também terá que elaborar uma plano de transferência para Manaus ou outros estados de pacientes da cidade.
O Twitter marcou como enganosa e potencialmente prejudicial uma publicação do Ministério da Saúde sobre o chamado “tratamento precoce” como estratégia de combate à Covid-19.
A publicação, que já foi deletada, estimulava as pessoas a procurarem uma unidade de Saúde ao apresentarem sintomas e, então, solicitarem o tratamento precoce, que, segundo cientistas, não existe para a Covid-19.
O governo federal e seus apoiadores começaram uma nova ofensiva em defesa dessas medicações sem eficácia comprovada no momento em que Manaus atravessa colapso de seu sistema de saúde, com falta de leitos e de oxigênio.
O que é o tratamento precoce?
O tratamento precoce é composto da utilização de medicamentos como cloroquina e ivermectina, que não têm eficácia comprovada contra a Covid-19, mas que são constantemente lembrados pelo governo federal como método de prevenção e cura para a doença.