Polícia
Delegacia de Roubos e Furtos de Várzea Grande prende mais de 330 criminosos em 2018
Camila Molina | PJC-MT
Com foco na desarticulação de organizações criminosas que atuam em roubos com emprego de arma de fogo e violência, a Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Várzea Grande (Derf), da Polícia Judiciária Civil, fechou 2018 com 338 pessoas presas em ações da unidade. Foram 14 operações policiais que resultaram na prisão em flagrante de 189 pessoas e de outras 149 por força de mandado de prisão, realizadas ao longo do ano.
Mesmo atuando em investigações de todos os delitos patrimoniais, a Delegacia colocou como prioridade o combate aos roubos, uma vez que o crime além de atacar o patrimônio gera risco a vida da vítima. Para eficácia dos trabalhos investigativos, a delegacia conta com o plantão de atendimento aos locais de crime, em qualquer horário do dia, além das equipes de investigação de cada delegado.
Segundo a delegada titular da Derf-VG, Elaine Fernandes da Silva, o trabalho da Especializada em 2018 foi voltado para a identificação de membros de facções criminosas e o desmantelamento de quadrilhas. O atendimento célere e de excelência nos locais de crime foi um dos fatores fundamentais para o sucesso das ações. “As apurações começam imediatamente, quando os vestígios deixados pelos criminosos ainda estão presentes, facilitando a identificação dos suspeitos e suas próximas ações”, disse Elaine.
Para a delegada, mesmo em caso de roubos a residência e empresas, o objetivo principal dos criminosos ainda são os veículos. As investigações, conforme a delegada, apontam que o objeto alvo é o carro ou caminhonete das vítimas, que geralmente, são encomendados por outros integrantes do grupo criminoso, distintos dos autores do assalto.
“Diferente do que muitos pensam, os criminosos não subtraem o veículo para ser utilizado na fuga. Em grande parte dos casos, o carro ou caminhonete encomendado, é deixado para ‘esfriar’ (período verificação se tem ou não rastreador), e depois buscado em momento mais oportuno. Nesse tempo muitos veículos são localizados”, explicou.
Elaine afirma que mesmo com a ação imediata, uma das grandes dificuldades de trabalhar em Várzea Grande é a distância entre bairros, que facilita a fuga dos criminosos. “Aqui, os bairros são isolados, existem muitos nichos, galpões abandonados, que se transformam em esconderijos, dificultando muito o trabalho da Polícia”, destacou.
Durante o ano, a Derf de Várzea Grande deflagrou 14 operações que tiveram como foco membros de organizações criminosas envolvidas em roubos a residências e comércios. Entre os trabalhos de destaque está operação “Elos”, deflagrada no mês de setembro que cumpriu 48 ordens judiciais, sendo 23 mandados de prisão preventiva e 25 de busca e apreensão.
A operação foi desencadeada para repressão de uma associação criminosa considerada de alta periculosidade e organizada para a prática de crimes diversos no município. As ordens judiciais, expedidas pela 4ª Vara Criminal de Várzea Grande, visavam à captura de autores de crimes como roubos, furtos, receptação, homicídios, entre outros ilícitos. Na ação, também foram apreendidas porções de entorpecentes e uma arma de fogo.
Em quatro fases a operação “Decretados”, realizada uma a cada bimestre cumpriu ordens judiciais contra suspeitos, identificados como integrantes de quadrilhas, envolvidos em crimes de roubos a residências e comércios de Várzea Grande.
Equipe motivada
A delegada Elaine Fernandes avalia que os números alcançados pela Derf de Várzea Grande retratam veracidade de todo trabalho realizado pela Delegacia, que apesar das dificuldades enfrentadas, a união da equipe foi o grande diferencial para alcançar o resultado.
“Esse ano foi muito difícil porque trabalhamos com o efetivo reduzido, ainda assim alcançamos números expressivos. A integração das equipes é um diferencial. Aqui, parece que todos têm mais vontade de ‘ir para cima’, sentimos a garra de todos os policiais, escrivães, investigadores e delegados”, destacou a delegada.
Humanização da Delegacia
Além do combate a criminalidade em Várzea Grande, a Derf de Várzea Grande ainda se preocupou em buscar parcerias para reforma e reestruturação da unidade, visando oferecer maior qualidade no espaço de trabalho aos servidores e atendimento em ambiente melhor à sociedade. A reforma do prédio, realizada quase 90% com recursos da iniciativa privada, durou cerca de 18 meses e proporcionou à Delegacia, uma nova recepção (que antes não havia) para receber o público, cinco novos gabinetes, para delegados e escrivães, e a repaginação na sala dos investigadores.
As obras também contaram com o apoio do Sistema Penitenciário que forneceu reeducandos as obras da unidade, a exemplo do interno, Abadia Paes Proença, que realizou o trabalho de arte na delegacia, confeccionando painéis e telas que valorizaram ainda mais Especializada. A Diretoria de Execução Estratégica (DEE) contribuiu com móveis, aparelhos de ar-condicionado, verbas de adiantamento e materiais novos e usados.
Para a delegada Elaine Fernandes, a nova estrutura trouxe mais dignidade aos cidadãos e aos policiais, que muitas vezes passam quase 24 horas por dia dentro da unidade.
“É resultado do esforço de todos os servidores que trabalham na Derf, dos policiais que foram em busca de patrocínio junto a empresários de Várzea Grande (que entenderam que a causa era justa), daqueles que durante meses ficaram aqui trabalhando mesmo com poeira, em meio a obras, dos terceirizados que muitas vezes chegaram a limpar a delegacia três vezes em um só dia”, agradeceu a delegada.
Projeto Social
A Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Várzea Grande também é responsável pelo projeto social “NFC – Na fita Certa”, que visa prevenir a entrada de adolescentes na criminalidade por meio do desenvolvimento de valores e práticas positivas. A proposta visa promover nos jovens a disciplina proporcionada pela formação desportiva, desenvolvimento do gosto por práticas artísticas, leitura, música, estudo e trabalho.
O projeto-piloto atende 23 alunos da Escola Pública Municipal, Faustino Antônio da Silva, situada no loteamento Colinas Verdejantes, em Várzea Grande, e contempla também as famílias dos adolescentes, funcionando como uma ferramenta de intervenção social voltada para prevenção de roubos e furtos, assim como outros crimes.
No projeto, coordenado pelo investigador Renato Barros, os jovens têm a oportunidade de participar de aulas de artes marciais, ministradas pelo professor Osly, da Guarda Municipal, e da Escola de Futebol, com aulas do professor Marcos Geleia e de mais um policial do Batalhão Ambiental com formação específica na área.
Além das práticas esportivas, os alunos do projeto participam de um curso de operador/montador de computador desenvolvido em parceria com o Senai.
Polícia
Polícia localiza corpo de jovem sequestrado em Campo Novo
O corpo de Victor Alexandre Siqueira Marcolino, jovem morador de Campo Novo do Parecis que estava desaparecido desde o último dia 23 de outubro, foi localizado pela polícia. A confirmação foi feita pelos familiares, que relataram o desfecho trágico da busca pelo rapaz.
Segundo informações da família, Victor foi sequestrado por volta das 19h30, em uma ação rápida e violenta realizada por quatro homens encapuzados em outubro.
Ele foi abordado e levado à força em um veículo preto, sem chance de reação. Desde então, a angústia tomou conta dos parentes e amigos, que aguardavam por notícias sobre seu paradeiro. A mãe de Victor chegou a fazer um apelo por notícias que pudessem indicar o paradeiro do filho.
Até o momento, a polícia não divulgou detalhes sobre a localização do corpo nem sobre as circunstâncias do crime.
Polícia
Mãe faz apelo comovente por filho desaparecido. “Minha vida acabou”
A mãe de Victor Alexandre Siqueira Marcolino, jovem de Campo Novo do Parecis que foi supostamente sequestrado na noite de 23 de outubro, fez um apelo comovente nas redes sociais, clamando por qualquer informação que possa indicar o paradeiro do filho.
De acordo com relatos de familiares, Victor Alexandre foi abordado por quatro homens encapuzados, que o levaram à força em um veículo preto. Desde então, o jovem permanece desaparecido, e não houve novas informações sobre seu paradeiro.
O sequestro teria ocorrido de maneira rápida e violenta, sem tempo para reação, segundo os familiares, que vivem momentos de aflição e incerteza. Em meio à angústia, a mãe de Victor usou as redes sociais para expressar seu sofrimento e pedir ajuda.
Em uma das publicações, escreveu: “Oi Deus, sou eu de novo pedindo, suplicando, tentando entender o porquê de terem feito isso com meu filho. A vida, sinceramente, para mim acabou, estou existindo, pois nada tem mais sentido”.
“Jamais imaginei viver e sentir esta dor que não tem fim, uma dor intensa e sem remédio, uma dor na alma”, declarou.
Ainda em seu apelo, ela finaliza com um pedido. “Estamos te esperando. Volta, meu filho”. Enquanto a busca por Victor Alexandre continua, a família permanece à espera de respostas e de qualquer ajuda que possa contribuir para o desfecho deste caso.
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