segunda, 17 de novembro de 2025
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Bioinseticida para controle da principal praga do milho será lançado nesta quarta-feira

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Agricultores contam, cada vez mais, com opções de inseticidas biológicos para controle de pragas nas lavouras. Os chamados biodefensivos reduzem a exposição dos trabalhadores, dos consumidores e do meio ambiente a resíduos químicos. A Embrapa tem ampliado o leque de produtos para controle da lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda), principal praga do milho, que acomete também outras culturas, como soja, sorgo, algodão e hortaliças. Neste ano, chega ao mercado mais uma novidade: o bioinseticida VirControl S.f., desenvolvido em parceria com a empresa Simbiose, que será lançado nesta quarta-feira (24), em Brasília, durante solenidade do 46º aniversário da Embrapa.

O primeiro inseticida à base de Baculovirus spodoptera, o CartuchoVIT, foi lançado em 2017, como resultado de parceria entre a Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas, MG) e o Grupo Vitae Rural. No ano passado, esse produto foi comercializado em quantidade suficiente para tratar cerca de 15.300 hectares. Para a safra 2019/2020, também será comercializado o bioinseticidaBaculoMIP-Sf, elaborado com uma outra cepa de baculovírus, em parceria entre a Embrapa e a empresa Promip.

Esses bioinseticidas têm como princípio ativo vírus de grande eficácia para controle da lagarta-do-cartucho. “Os baculovírus são agentes de controle biológico que não causam danos à saúde dos aplicadores, não matam inimigos naturais das pragas, não contaminam o meio ambiente, nem deixam resíduos nos produtos a serem vendidos nas gôndolas dos supermercados”, explica o pesquisador Fernando Valicente. Testes de biossegurança comprovaram que esses vírus são inofensivos a microrganismos, plantas, vertebrados e outros invertebrados que não sejam insetos.

“A partir da coleção de cepas de baculovírus da Embrapa Milho e Sorgo, nos últimos anos, têm sido desenvolvidos, juntamente com o setor privado, diferentes bioinseticidas voltados para o controle da lagarta-do-cartucho, que é capaz de reduzir a produção dessa cultura em mais de 50%. Cada empresa utiliza uma formulação própria. Esse fato, aliado ao uso de diferentes cepas, permite criar mais opções de bioprodutos para o agricultor”, explica Sidney Parentoni, chefe-adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Milho e Sorgo.

O pesquisador Fernando Valicente ressalta que a segurança dos inseticidas à base de baculovírus, aliada à facilidade de manuseio, faz desses produtos um dos melhores agentes de controle biológico disponíveis para os agricultores.

Como usar
CartuchoVIT, VirControlSf e BaculoMIP-Sf são disponíveis como pó molhável. Para utilizar os produtos, o agricultor dilui o pó em água e aplica no campo. Podem ser usados os mesmos equipamentos de aplicação de produtos químicos, fator que contribui para a redução de despesas dos agricultores.

Valicente explica que não se trata de um inseticida de contato. “A lagarta tem que raspar um pouco a folha que recebeu a aplicação do produto. Ela é infectada pelo vírus, diminui sua alimentação drasticamente e morre em cinco dias.”

Para garantir a eficácia dos bioinseticidas, o produtor deve seguir as orientações de uso. “É importante cuidar do preparo e da aplicação, respeitar a vazão, utilizar o bico correto, dar boa cobertura e entender o melhor posicionamento do produto, ou seja, a data em que se aplica”, comenta o pesquisador.

Processo de produção
O processo de desenvolvimento dos bioinseticidas foi longo e envolveu muitas pesquisas, conforme explica Fernando Valicente. “Foram feitos, nos anos de 1980 e 1990, levantamentos de lagartas. Você vai ao campo, coleta lagartas, observa em laboratório e aí detecta as doentes. As lagartas com sintomas típicos de vírus são trabalhadas. Você identifica o agente causador da doença e faz a caracterização dos vírus com experimentos ao longo do tempo. Analisa a eficiência de cada isolado de vírus e, após detectar os melhores isolados, é preciso testar fatores importantes: temperatura de incubação da lagarta depois de infectada, idade do inseto próprio para infecção e concentração de vírus a ser usada. Avaliam-se, então, os resultados para poder orientar a produção.”

Após todos os estudos, é possível obter parâmetros para a produção do bioinseticida. Lagartas sadias criadas em laboratório são usadas como hospedeiras para multiplicar os vírus e dar origem ao produto. “Você pega as lagartas mortas, processa, tritura, seca o material e coloca um agente inerte (pó básico)”, explica Valicente.

Sidney Parentoni ressalta que esse trabalho demostra a atuação da Embrapa na chamada bioeconomia. “A Empresa transforma conhecimento tecnológico em inovação para a sociedade brasileira, via parcerias público-privadas”.

Marina Torres ((MTb 08577/MG))
Embrapa Milho e Sorgo

Contatos para a imprensa:[email protected]
Telefone: (61) 3448 1861/4285

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/

 

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Após “luta” de 1h30, jaú de 150 kg é pescado e solto novamente no rio em Tangará

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Foto: G1

Uma “luta” travada entre pescador e peixe levou cerca de uma hora e meia. Mas não era qualquer peixe. O animal em questão trata-se de um jaú que pesa cerca de 150 quilos. Essa história, que não é conversa de pescador, aconteceu em Tangará da Serra no rio Sepotuba e foi destaque no noticiário de Mato Grosso.

O empresário Lucas Torrente e seus amigos é que pescaram o jaú de 150 kg. Entre fisgar o bicho e levá-lo ate um barranco, se passaram uma hora e meia. Depois de toda essa peleia, o peixão foi solto e voltou para as águas do Sepotuba.

De acordo com o biólogo da Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat), Valdo Troy, em entrevista concedida ao portal G1, um peixe deste peso é uma exceção e tem um papel essencial, que é controlar a população de peixes.

“Seria humanamente impossível brigar sozinho com um peixe daquele tamanho. Foi essencial a experiência junto com meus parceiros, porque o jaú é um peixe muito forte”, disse Lucas, que fisgou o bicho, ao portal. “Ele passava tranquilamente uns 150 kg. Se a gente submetesse ele a uma balança, poderia machucá-lo. Então, nós o soltamos e a dúvida ficou”, completou.

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FRANGO/CEPEA: Demanda externa cresce; preços sobem no Brasil

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Cepea, 08/04/2022 – A maior demanda internacional pela carne de frango motivou altas nos preços domésticos da proteína, segundo informações do Cepea. Com menor disponibilidade interna de muitos produtos, como peito e filé, vendedores seguem elevando as cotações, buscando garantir a margem frente ao custo de produção ainda alto. Além das exportações, o período de início de mês, com o recebimento do salário por parte da população, também favoreceu as altas nos preços. De acordo com dados da Secex, 385 mil toneladas de carne de frango foram exportadas em março, quantidade 13,3% acima da observada em fevereiro e ainda 4,8% maior que a exportada em março/21. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)

Fonte: CEPEA

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