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ARTIGO: 1ª Ferrovia Estadual – Um marco nos modais de transporte
Por Neri Geller
Há muitas décadas se fala na expansão da malha ferroviária em Mato Grosso, um sonho antigo que trará desenvolvimento e crescimento para o Estado. A ferrovia estadual irá alavancar o agronegócio, o comércio, as indústrias e tornar Mato Grosso ainda mais competitivo.
Apesar de muito se falar, pouca coisa havia avançado até agora.
Após muito trabalho, persistência e articulação política junto à bancada federal e à Assembleia Legislativa, o governador Mauro Mendes deu um passo gigantesco para que esse sonho se torne realidade nos próximos anos, com o lançamento do edital para a construção da 1ª Ferrovia Estadual de Mato Grosso.
Essa ferrovia vai interligar Rondonópolis a Cuiabá e Rondonópolis à Lucas do Rio Verde e Nova Mutum, nossos principais polos de produção, também conectando Mato Grosso com a Malha Paulista.
O traçado com a integração à Ferrogrão, FICO e Ferronorte irá mudar a realidade da logística brasileira e elevar a produção de 71 milhões de toneladas de grãos para 110 milhões num prazo de 5 anos.
Há muitos anos tenho lutado por esse projeto, participei no ano passado do leilão da Rumo (em São Paulo), para a Ferrovia Norte-Sul – que tem uma previsão de investimento de R$ 2,27 bilhões – e da Malha Paulista que serão R$ 2,82 bilhões.
Perdi as contas de quantas vezes cumprimos agenda em Brasília, junto com o governador Mauro Mendes, para viabilizarmos não só esse trecho, mas cobrarmos definições sobre a Fico, a Ferrogrão e a BR-163, além das incontáveis videoconferências pautadas nesse tema. Junto com o Mauro e apoio irrestrito da nossa bancada federal, fizemos várias reuniões para que conseguíssemos ter a liberação antecipada da Malha Paulista junto ao Tribunal de Contas da União (TCU). Conversamos diversas vezes com o ministro Tarcísio de Freitas, da Infraestrutura, que sempre foi receptivo e um aliado de primeira hora de Mato Grosso.
Todo esse trabalho em conjunto resultou no anúncio feito nesta semana pelo governador do Estado, fruto da coragem em tomar uma iniciativa pioneira e histórica, que será um marco nos modais de transporte de Mato Grosso e do País.
Também é preciso dizer o quanto a Assembleia Legislativa foi fundamental nesse processo, pois aprovou a Lei Complementar 685/2021 que regulamentou o Sistema Subferroviário, necessário para a implantação da ferrovia.
Aos mato-grossenses: a previsão é que mais de 235 mil empregos sejam criados no prazo de 7 anos. Nossa população será contemplada com melhores condições das estradas já que haverá considerável redução do fluxo de transporte de carga sobre as rodovias.
As indústrias, o comércio e o agronegócio terão uma alternativa a mais para compra e venda de produtos já que o frete ferroviário reduziu 35% nos últimos anos. É Mato Grosso dando saltos largos em seu desenvolvimento.
Os interesses do povo estão acima de tudo e parabenizo o governador por fazer aquilo que é certo e que é melhor para a população. Tenho convicção que muitos outros estados seguirão o nosso pioneirismo.
Neri Geller é deputado federal por Mato Grosso

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FORÇA DESPREZADA: Região tem potencial para eleger ao menos um deputado federal e seis estaduais
O encontro sobre desenvolvimento regional que aconteceu no sábado, na Câmara Municipal, em Tangará da Serra, leva a uma reflexão sobre uma realidade lamentável.
Quando a incapacidade de articulação, a imaturidade política e a desunião imperam numa região, a estagnação, o isolamento e o retrocesso são resultados inevitáveis. E – neste ambiente nauseante de ciumeiras de uns e narizes torcidos de outros – quem paga o ‘pato’ é a população regional.
Este é o drama vivenciado por uma população de 340 mil habitantes, que se ressente pelo não atendimento de inúmeras demandas que vão desde a saúde pública até a logística de transportes e geração de empregos.

Tangará da Serra polariza uma região com outros 18 municípios.
A região polarizada por Tangará da Serra soma mais de 220 mil eleitores distribuídos em 18 municípios que, por sua vez, movem uma economia sustentada pela força conjunta do agronegócio, do comércio e do setor de serviços. O produto interno bruto (PIB) global gira em torno dos R$ 14 bilhões, o que representa boa fatia do PIB estadual, de pouco mais de R$ 100 bilhões.
Tangará da Serra figura como ponto de convergência de negócios e fluxos de pessoas vindas de Comodoro, no noroeste do estado; de Diamantino/São José do Rio Claro, no Médio Norte; de Barra do Bugres/Porto Estrela, mais ao sul; e de Arenápolis/Nortelândia, na baixada da serra. Outros municípios que se incluem neste bloco regional são Alto Paraguai, Brasnorte, Campo Novo do Parecis, Campos de Júlio, Denise, Diamantino, Nova Marilândia, Nova Maringá, Nova Olímpia e Santo Afonso. Juína, mais ao norte, também entra nesta órbita regional.

Neri Geller, de Lucas do Rio Verde, elegeu-se à Câmara Federal com 73 mil votos.
Potencial eleitoral
Do colégio eleitoral de 220 mil eleitores pode-se considerar, nas urnas, uma quebra de até 35% nos sufrágios, considerando a recorrente abstenção e os votos brancos/nulos.
Nestes termos, a região contaria com um universo de mais de 140 mil votos válidos, o suficiente para eleger ao menos um representante na Câmara Federal e outros seis deputados estaduais.
Para se ter uma ideia, em 2018, o oitavo colocado na corrida por uma das oito vagas de Mato Grosso na Câmara Federal – Juarez Costa (MDB) – obteve 49.912 votos.

Paulo Araújo: Vaga na Assembleia Legislativa com 11.645 votos.
Neri Geller, que participou do evento em Tangará da Serra no sábado, elegeu-se com a quarta melhor votação – 73.072 votos – entre os oito deputados federais eleitos pelo estado. Geller tem sua base eleitoral em Lucas do Rio Verde.
Para a Assembleia Legislativa, o único deputado estadual eleito pela região – Dr. João, de Tangará da Serra – arrebanhou 19.836 votos. Paulo Araújo, do PP, precisou de meros 11.645 votos para figurar entre os 24 eleitos ao parlamento estadual.
(Fonte dos dados: IBGE e TRE-MT – Arquivo pessoal)
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