Segundo a Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA), o problema ocorreu por volta das 16h e os sistemas estão sendo reestabelecidos. Até o momento da publicação desta matéria, ainda existem localidades sem o serviço.
O ONS pontuou que às 16h38 os sistemas já estava restabelecidos e que estava acompanhando o restabelecimento da energia nas unidades consumidoras, que estava na metade da carga às 17h15, ou seja, ainda havia localidades sem o serviço.
A companhia alega que houve alguma falha na linha de transmissão de energia elétrica.
A Linhas de Macapá Transmissora de Energia (LTME) declarou que sofreu uma “ocorrência na linha de transmissão de Laranjal à Macapá” e que “a questão já foi resolvida”. O concessionária informa ainda que “disponibilizou as linhas de transmissão instantaneamente (em um minuto)” e que os equipamentos funcionam sem intercorrências.
Posicionamento da ONS – Operador Nacional do Sistema Elétrico
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), responsável pela coordenação da operação do Sistema Elétrico, incluindo o monitoramento do fornecimento de energia em todo o Brasil, informa que hoje, 13/01, às 15h53, houve o desligamento dos dois circuitos da linha de transmissão, em 230 kV, Laranjal – Macapá e das hidrelétricas de Ferreira Gomes, Cachoeira Caldeirão e Coaracy Nunes, com interrupção de 250 MW no estado do Amapá.
Às 16h38, toda a rede básica, ou seja, os sistemas que atuam em tensão igual ou superior a 230 kV, já estava restabelecida. O ONS continua acompanhando o restabelecimento por parte da distribuidora CEA. Até às 17h15, já tinham sido restabelecidos 110 MW de carga.
O ONS, em conjunto com os agentes envolvidos, irá elaborar o Relatório de Análise da Perturbação (RAP) para um diagnóstico desta nova ocorrência no estado do Amapá.
MP: Governo do Amazonas sugeriu abrir valas no interior por falta de oxigênio
O governo do Amazonas orientou uma prefeitura da região metropolitana de Manaus a abrir valas no cemitério local porque não havia previsão para a chegada de oxigênio hospitalar no município, de acordo com um relato feito ao Ministério Público e à Defensoria Pública do estado.
O relato foi reproduzido em uma ação que pede que o governo estadual seja obrigado a enviar oxigênio para a cidade de Itacoatiara, que fica a cerca de 250 quilômetros de Manaus. O pedido foi aceito pela Justiça.
A ação foi apresentada neste sábado. O MP e a Defensoria pediram a não interrupção do fornecimento de oxigênio para o Hospital Regional José Mendes, em Itacoatiara. Eles relataram que atualmente existem 77 pacientes internados, com uma média de 20 novas internações por dia, e que o fornecimento de oxigênio é insuficiente desde o início de janeiro.
Os órgãos também alegam que os planos do governo estadual para enfrentar a crise no estado, como a transferência de paciente para outros estados, não beneficiaram pacientes do interior.
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O MP e a Defensoria dizem que o prefeito de Itacoatiara, Mário Jorge Abrahim, relatou uma reunião em que foi orientado “a abrir valas no cemitério local, uma vez que não havia previsão para o fornecimento de oxigênio para o município de Itacoatiara”.
O relato foi feito pelo prefeito em uma reunião “com a presença de diversas autoridades, dentre elas, de representantes do Ministério Público e da Defensoria Pública do Estado”.
A orientação teria partido do “secretário do Interior” — a Secretária de Saúde do Amazonas tem uma Secretaria-Executiva Adjunta de Atenção Especializada do Interior, comandada por Cássio Roberto do Espírito Santo. Ele também teria oferecido câmeras frigoríficas para a cidade.
O juiz Rafael Almeida Cró Brito atendeu os pedidos feitos e determinou que o governo estadual deve regularizar o fornecimento de oxigênio medicinal em Itacoatiara e apresentar um plano de abastecimento, sob pena de multa diária de R$ 100 mil. O governo também terá que elaborar uma plano de transferência para Manaus ou outros estados de pacientes da cidade.
O Twitter marcou como enganosa e potencialmente prejudicial uma publicação do Ministério da Saúde sobre o chamado “tratamento precoce” como estratégia de combate à Covid-19.
A publicação, que já foi deletada, estimulava as pessoas a procurarem uma unidade de Saúde ao apresentarem sintomas e, então, solicitarem o tratamento precoce, que, segundo cientistas, não existe para a Covid-19.
O governo federal e seus apoiadores começaram uma nova ofensiva em defesa dessas medicações sem eficácia comprovada no momento em que Manaus atravessa colapso de seu sistema de saúde, com falta de leitos e de oxigênio.
O que é o tratamento precoce?
O tratamento precoce é composto da utilização de medicamentos como cloroquina e ivermectina, que não têm eficácia comprovada contra a Covid-19, mas que são constantemente lembrados pelo governo federal como método de prevenção e cura para a doença.